Silêncio sepulcral envolve as negociações na eleição de BH

Publicado em 15/07/2016 às 22:37.Atualizado em 16/11/2021 às 04:19.

A 73 dias da votação e a 20 da consolidação do quadro eleitoral (fim das convenções), a sucessão municipal de Belo Horizonte mergulhou em um silêncio sepulcral de dar medo sobre o que poderá emergir daí. É aquela fase em que os candidatos mais determinados, seus partidos e caciques buscam, de todas maneiras e recursos possíveis e disponíveis, republicanos ou não, tirar alguns adversários do páreo, seja por meio de alianças eleitorais, ou ainda, ainda oferecendo a vaga de vice e até mesmo cargos públicos, na prefeitura ou governo de estado.

O objetivo visível é o de viabilizar seu candidato e, o outro, o de inviabilizar, atrapalhar a campanha do rival imediato. As conversas acontecem intensamente, deixando apenas ruídos e especulações. A pergunta a ser feita, para identificar as manobras, é a ‘quem interessa o quê’? Os mais assediados, nesse momento, são Délio Malheiros (PSD), Marcelo Álvaro Antônio (PR) e Alexandre Kalil (PHS).

Uns podem ser desestimulados, convidados a ser vice ou turbinados para ir em frente. Alexandre Kalil, por exemplo, não tem meios de mostrar (tempo de televisão) o que poderá ser. Sua principal arma é o verbo. Como azarão, pode surpreender e ser confundido com aquele que está faltando para dar um murro na mesa. Pode ganhar aliado que lhe dê o tempo de tv. Essa fase do silêncio político só será quebrada quando, enfim, forem anunciadas as coligações e formação de chapas. Veremos, então, quem resistiu ou caiu na tentação.

Bom humor ou campanha suja?

Se a campanha eleitoral ainda não começou oficialmente no mundo real, no virtual, ela já começa a colocar as manguinhas de fora pela via negativa ou, na melhor das hipóteses, pela crítica bem-humorada. Essa primeira pegou de uma só vez quatro pré-candidatos a prefeito: de Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima e Betim.

O profissional de marketing digital e publicitário, Pedro Guadalupe, postou, nesta sexta-feira, no portal Bhaz e em sua página no Facebook, vídeo no qual bate em quatro “Kas”: Kalil (Alexandre do PHS), Carlin Moura (candidato à reeleição em Contagem pelo PCdoB), Cássio Magnani (à reeleição em Nova Lima pelo PMDB) e Carlaile Pedrosa (tucano que não disputará a reeleição em Betim).

Juntos, eles formam o quarteto ka-ka-ka-ka, na peça digital. Chama Kalil de desequilibrado, mau gestor e empreiteiro registrado; de Carlin, fala em contas reprovadas e alta rejeição; de Cássio, que foi cassado e mau gestor, e de Carlaile, que está sumido, brigado com o vice e que deixou Betim sem futuro. Confira aqui.

Guadalupe disse que ainda não está a serviço de partido ou candidato nessa campanha. Por enquanto. Nas últimas eleições, atuou pelos tucanos; em 2012, com os petistas. A peça acima foi feita por sua própria conta, segundo ele. Admitiu que a internet serve mesmo para a desconstrução: “O desafio atual é se manter em pé. A internet desconstrói, hoje, qualquer político. As pessoas estão revoltadas. Querem xingar, discutir, cobrar”, avaliou.

Tem sargento na disputa

O deputado estadual Sargento Rodrigues será aprovado, hoje, como pré-candidato do PDT, quando apresentará suas 12 (número do partido) diretrizes para administrar a capital mineira.

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