Não é novidade para ninguém que o Cayenne foi o responsável direto pela recuperação da Porsche, na primeira metade da década de 2000. O utilitário-esportivo (SUV) grandalhão fez tão fez bem para marca alemã que o Grupo Volkswagen estuda levar a solução para a Lamborghini já faz um tempo, desde que apresentou o conceito Urus, no salão de Paris de 2012. E finalmente foi dado sinal verde ao touro anabolizado.
Assim como fez a Porsche, o grupo quer ampliar o volume da Lamborghini e espera vender 3 mil unidades anuais ao custo de 180 mil euros (R$ 630 mil). Parece pouco, mas a quantidade significaria dobrar a produção da marca italiana, que atualmente produz apenas os modelos Huracán e Aventador.
O Urus deverá chegar ao mercado em 2018, para isso será necessário duplicar as instalações da marca na cidade italiana de Sant’Agata Bolognese, próximo a Bolonha. Para viabilizar a empreitada o presidente da Lamborghini, Stephan Wilkelmann, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, assinaram em Roma uma carta de intenções para a produção do modelo. Entre pontos do acordo, está prevista a geração de 500 empregos diretos, além de incentivos por parte do governo italiano.
Com foco em mercados emergentes como China e Rússia, além de Estados Unidos e Oriente Médio, o Urus será feito sobre a plataforma modular da VW, MQB, já utilizada no Cayenne e Audi Q7. No entanto, ainda não foi definido qual será a motorização do SUV, mas tudo indica que poderá adotar a inédita unidade cinco cilindros biturbo 2,5 litros de 500 cv, desenvolvida em parceria com a Audi.