GENEBRA - O governo sírio foi o único no mundo que utilizou minas antipessoais este ano, denunciou a ONG Campanha Internacional para a Proibição de Minas (ICBL) em seu relatório anual publicado nesta quinta-feira (29).
É o segundo ano consecutivo que Damasco se encontra no banco dos réus. Em 2011, além da Síria, Israel, Líbia e Mianmar também utilizaram minas antipessoais.
"Atualmente", afirmam os especialistas encarregados de verificar a aplicação da Convenção sobre Proibição de Minas estabelecida em 1997 (Convenção de Ottawa), foi "identificado um governo que fez uso de minas antipessoais durante 2012 - a Síria".
No que se refere à presença de minas foi confirmada a existência em 59 Estados e seis territórios em disputa em 2012.
Efeito
O relatório também evidencia outros desafios a serem enfrentados, como o aumento significativo do número de vítimas em países como a Líbia, Sudão, Sudão do Sul, assim como a utilização de minas antipessoais por grupos não-estatais em seis países ao invés de quatro no ano passado.
Por outra parte, os especialistas lamentam a quantidade de pedidos dos Estados para que se amplie os prazos para o desminamento de seu território.
Os especialistas lamentam a quantidade de pedidos dos Estados para que se amplie os prazos de desminamento. Também o fato de que três Estados - Belarus, Grécia e Ucrânia - continuem violando a obrigação imposta pelo Tratado de destruir as reservas em um prazo de quatro anos.
De 3 a 7 de dezembro de 2012 será realizada, em Genebra, a 12ª Assembleia dos Estados que fazem parte do Tratado de Ottawa.