O Ministério da Saúde do Egito atualizou nesta quinta-feira (15) para 638 o número de pessoas mortas nos conflitos ocorridos na última quarta-feira (14) entre policiais e simpatizantes do presidente deposto Mohammed Morsi. Um porta-voz do ministério, Khaled el-Khateeb, informou também que o total de feridos é de aproximadamente quatro mil.
A onda de violência teve início quando a polícia do Cairo tentou desfazer dois acampamentos de manifestantes a favor de Morsi, que foi derrubado do poder em 3 de julho, e logo se espalhou para outras partes da capital e outras cidades do país.
Segundo El-Khateeb, 288 pessoas foram mortas no maior dos dois campos, no distrito de Nasr City, na área leste do Cairo.
O confronto levou o governo egípcio a declarar ontem estado de emergência nacional por um mês.
O Ministério do Interior egípcio anunciou também nesta quinta-feira (15) que a polícia está autorizada a usar munições verdadeiras quando os manifestantes atacarem bens públicos ou as forças da ordem. O anúncio foi feito após manifestantes islâmicos atearem fogo a um edifício governamental na província do Cairo e depois de a polícia e o Exército terem dispersado apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi.