Sociedade Brasileira de Cardiologia defende mais estrutura

Raquel Ramos - Hoje em Dia
Publicado em 17/01/2016 às 09:15.Atualizado em 16/11/2021 às 01:03.

A cada 40 segundos, uma pessoa morre no Brasil vítima de doenças cardiovasculares. Ao fim de um ano, a média é de 350 mil óbitos. Alarmantes, os números [/TEXTO]deixam em evidência falhas na prevenção e no tratamento de enfermidades do coração no país.
Segundo o médico Marcus Vinícius Bolívar Malachias, recém-eleito presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, até hoje o brasileiro não desenvolveu o senso do auto-cuidado. Quem sente algum mal, diz ele, tenta tratar-se caseiramente e só procura assistência quando o problema já é grave.

Aliás, essa é uma prática incentivada inclusive em postos de saúde. “Se a pessoa está saudável, consideram que a consulta não tem objetivo”. No entanto, metade das mortes por motivos cardíacos poderiam ser evitadas caso houvesse tratamento dos principais fatores de risco – pressão alta, hipertensão, colesterol alto, diabetes e tabagismo.

Tratamento
Embora hoje a prioridade seja dada ao tratamento, quem demanda assistência se depara com a falta de hospitais e infraestrutura de atendimento. Como consequência, a chance de sobrevivência de uma pessoa que sofre infarto ou derrame – principais causas das mortes cardiovasculares –, por exemplo, é reduzida.

Para o doutor Marcus Vinícius, o entrevistado da Página Dois de amanhã, uma das possíveis soluções para o problema está na exigência de que as novas escolas de medicina tenham um hospital universitário. Nos últimos anos, afirma o médico, o Ministério da Educação autorizou a abertura de dezenas de cursos no país – a maioria deles na rede privada.

“Se determinada região tem condição de receber uma escola de medicina, então também é possível cobrar que o investidor construa também um hospital universitário”.

Além de contribuir com a formação escolar dos próprios alunos, que terão a vivência da medicina na prática, a instituição pode ser integrada ao SUS e dar assistência aos moradores da cidade. “Essa é também uma forma de fixação do médico nas cidades onde faltam profissionais”.

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