Sonho vira realidade no Projeto Jaíba

Jornal O Norte
06/03/2006 às 10:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:30

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Reformas e construções estão prestes a acontecer nas propriedades rurais dos produtores do Projeto Jaíba. A informação é da Emater que em parceria com a secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, prefeituraa de Jaíba, Distrito de irrigação, Codevasf - Companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e Parnaíba, e Ruralminas pretende agilizar a construção de 187 casas e reforma de outras 260.

O critério básico conforme o prefeito Wellington Pacífico Campos de Lima é que a renda familiar seja de um salário mínimo. A secretaria deve disponibilizar recurso a fundo perdido da ordem de R$ 1.812.590 sendo que o restante do montante a ser necessário para todo o processo de construção e reforma, será financiado pela Caixa econômica federal. Cada casa construída deve sair ao custo médio de R$ 9 mil e R$ 7 mil no caso de reforma, sendo que o produtor pagará 15% do valor da obra. O prefeito afirma que no financiamento os produtores terão que pagar em 72 vezes cerca de R$ 40 por mês aproximadamente.

EM BOA HORA

Para os produtores essa obra chegou em um bom tempo, já que seria difícil arcar com todos os custos de uma reforma ou construção. A expectativa é que as primeiras obras comecem nos próximos meses.

Segundo o gerente da Emater do Projeto Jaíba, Aloísio Nery, os projetos para as construções estão em andamento, mas é provável que nos próximos dias as primeiras reformas sejam realizadas. Acrescenta que existe um interesse muito grande por parte dos irrigantes que vivem em locais insalubres ou lugares muito pequenos que necessitam de ampliação.

- É preciso ainda que os produtores fiquem atentos à questão do contrato. É nele que estarão especificadas as condições de pagamento; nessa etapa nós da Emater estaremos orientando sobre a melhor maneira a se comportar diante do mesmo - diz.

Aloísio Nery comenta também que a notícia de estruturar as casas partiu de Luiz Afonso, gestor e articulador do governo do estado das instituições vigentes no Jaíba ainda no ano passado. A Emater, Codevasf, Ruralminas e o Distrito de irrigação ficaram incumbidos de fazer a lista dos interessados em participar do projeto estruturador. Isso feito foi encaminhada lista para a secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana que firmou parceria com a caixa econômica.

- As obras seriam financiadas por fundos não reembolsáveis e reembolsáveis, tal como ficou estabelecido, e que a prefeitura entraria como contrapartida com a função de mobilizar mão-de-obra, transporte dos materiais de construção entre outros.

Há uma especulação de que a prefeitura esteja estudando a possibilidade de envolver os próprios produtores que trabalham como pedreiros ou serventes de pedreiros na empreitada. O que seria uma ajuda para o produtor na visão da Emater.

- Esse projeto estruturador é uma demanda antiga dos produtores e o governo do estado já havia se comprometido em realizar as construções e as reformas das casas e propriedades rurais - explica.

VIDA DIGNA

Para o prefeito Wellington Lima a iniciativa dos parceiros vai dignificar a vida de muita gente no Jaíba partindo do pressuposto de que muitas famílias vivem em casas de pau a pique e lonas, muitas vezes já rasgadas pelo tempo.

O prefeito lembra que dentro da sede do município já estão sendo construídas 234 casas beneficiadas pela Cohab - Companhia de habitação do estado de Minas Gerais. Através da Cohab o governo de Minas Gerais está construindo conjuntos habitacionais em 130 municípios de todas as regiões do estado.

A diferença dos projetos da companhia para os projetos de construções e reformas elaborados pelos parceiros é que no caso da Cohab o projeto é mais abrangente, atende a famílias que ganham até três salários mínimos e que somente têm condições de adquirir a sua casa própria por meio de subsídios do governo. No caso dos produtores do Projeto Jaíba a renda mínima é de aproximadamente R$ 300.

INVESTIMENTOS COHAB

De acordo com informações da Cohab estão sendo investidos 254,8 milhões, recursos do tesouro estadual, através do FEH - Fundo estadual de habitação e com contrapartida dos municípios que doam o terreno urbanizado. Em 18 cidades existem também recursos do PSH - Programa de subsídio à habitação de interesse social, do ministério das Cidades.

O custo real de cada moradia é em média R$ 20 mil. Subsídios do governo mineiro reduzem o preço a R$ 9 mil ou R$ 10 mil para o mutuário. Ao final, esse preço poderá cair, pois o mutuário que pagar em dia as suas prestações receberá bonificação. Esta iniciativa tem como objetivo premiar a adimplência. O prazo de financiamento é de 20 anos.

A informação é que as moradias têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviços. A média da área de construção é de 40 metros quadrados num lote de 200 metros. Esta ação do governo está criando em todo o estado 15.289 novos postos de trabalho entre diretos, indiretos e induzidos.

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