O duelo entre Irã e Argentina será no sábado a tarde (21) à tarde, no Mineirão, mas torcedores dos respectivos países já podiam ser vistos durante esta semana em Belo Horizonte. Persa e espanhol são línguas comuns de se ouvir na capital. Mas quando o assunto é futebol, o idioma é um só: a paixão.
Os torcedores argentinos estarão em maior número na partida no Gigante da Pampulha. O contador Fernando Guntern, de 40 anos, engrossa essa turma. Ele trouxe o filho, Joaquim Guntern, de 7, para acompanhar o Mundial.
Guntern conta que vem economizando desde o início do ano para a viagem e diz que ainda vai continuar pagando algumas parcelas quando voltar para a Argentina. Mas ele não se arrepende.
“Tudo vale a pena, porque sentir esse clima do Mundial é muito bom”, afirma. Para o argentino, participar da Copa é um sonho que ele e o filho estão realizando.
Joaquim, que passeou em frente ao Mineirão com o pai, está ansioso para o confronto com o Irã. “Estou aqui para ver a seleção e o Messi”, destacou o garotinho.
Empolgação
Os iranianos também estão empolgados com o Mundial e apaixonados pelo Brasil. “As coisas são muito coloridas e as pessoas muito agradáveis”, disse Shila Azari, de 34 anos.
O noivo dela, o engenheiro Farid Zaman, de 39, conta que a diversidade brasileira chamou a atenção dele. “O Brasil é um país multicultural e isso é muito bonito”, afirmou.
Eles estão em um grupo de 300 iranianos, de várias partes do país, que vieram juntos por meio de uma agência de viagens. Cerca de 20 deles passeavam na tarde de ontem pela Praça da Savassi, que se tornou o point da Copa em BH.
O guia da turma, Afshin Shirzadi, de 33 anos, conta que todos estão ansiosos pelo jogo de amanhã.
Segundo ele, a maioria se conheceu durante a viagem. “Por causa da Copa, nos tornamos uma grande família”, salientou.