A tensão vivida pelos argentinos no sábado, quando Messi fez o gol da vitória aos 46 minutos do segundo tempo na partida contra o Irã, no Mineirão, quase matou o contador Ítalo Biggi, de 64 anos. No domingo (22), aliviado, ele acordou cedo e foi conhecer o último destino em Belo Horizonte que faltava em seu roteiro: o Mercado Central.
Acompanhado da mulher, a brasileira Abigail Biggi, de mesma idade, ele passeou pelos corredores do mercado e aproveitou para comprar pimenta. “Uma amiga mineira me disse que eu não poderia vir a Belo Horizonte sem passar por aqui”, disse a baiana Abigail, radicada na Argentina há mais de quatro décadas.
Eles chegaram à capital mineira na quinta-feira e embarcariam rumo ao Rio de Janeiro ontem à noite. Ítalo já havia vindo ao Brasil, mas não conhecia Belo Horizonte, que deixou boas impressões.
“As pessoas são muito amáveis, a cidade é limpa e muito organizada. Não vimos engarrafamentos como no Rio”, afirmou.
Apesar disso, o contador lamentou o grande número de moradores de rua nas proximidade do hotel onde ficou hospedado, na Praça 7, no Centro, e criticou o ônibus turístico, recentemente implantado pela BHTrans.
“O ônibus passa nos lugares turísticos, mas não tem nada que te avise que você está em um cartão-postal. O motorista não fala nada, não fala espanhol ou outra língua. Quando cheguei à Serra do Curral só descobri porque vi uma placa”, lamentou.
Morador de San Miguel, próximo a Buenos Aires, Ítalo se sentiu seguro em BH, mas lamenta ter sido furtado no Rio de Janeiro. “Foi no metrô. Levaram a carteira, com documentos. Aconteceu muito rápido. Aqui em Belo Horizonte a cidade está bem policiada”, avaliou.