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A crise no setor automotivo é um reflexo da recessão da economia brasileira. Em agosto, os emplacamentos de automóveis de passeio e comerciais leves voltaram a cair, segundo o boletim da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave), na ordem de 8,91%. No acumulado do ano, a retração do mercado interno já chega a 20,38% com um volume de licenciamentos na ordem de 1.689.074 unidades, segundo a entidade. Para se ter uma ideia do rombo, no ano passado (que já apresentou queda em relação a 2013) essa marca tinha sido superada na primeira quinzena de julho. E em agosto, eram 2,12 milhões de unidades vendidas no varejo. Ou seja, são cerca de 450 mil veículos a menos, como se o comércio tivesse fechado por dois meses. Para tentar amenizar o cenário, entidades como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) têm recorrido a soluções como o plano de incentivo para consorciados contemplados e, mais recentemente, ao projeto junto ao Banco do Brasil para facilitar crédito no setor agrícola, que poderia aquecer as vendas de comerciais leves. “A importância do agronegócio para nós é fundamental. Quando a venda de tratores vai bem, depois a de caminhões vai bem, depois a de caminhonetes também. É uma corrente”, analisa o presidente da entidade, Luiz Moan. Liderança Entre as marcas líderes, a Fiat ainda sustenta o cetro, com 18,4% do mercado, sendo seguida pela General Motors (Chevrolet), com 15,5%, e Volkswagen, que anota 15,2%. A Ford mantém sua eterna quarta posição, com 10,7% do bolo. Entre os modelos mais vendidos, a marca italiana continua à frente com o Palio, com 83.326 unidades no acumulado do ano. No entanto, o modelo mais vendido de agosto foi o Chevrolet Onix, com 10.998 licenciamentos, contra 9.250 do compacto de Betim.