Taiobeiras também faz sua Festa do pequi

Jornal O Norte
09/02/2006 às 11:25.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:29

Alexsandro Mesquita


Correspondente

TAIOBEIRAS – Este município está mobilizado com os preparativos da 13ª Festa do pequi, na comunidade de Lagoa Grande, que acontece de 10 a 12 de fevereiro. A festa é realizada pela Emater - Empresa mineira de assistência técnica e extensão rural, em parceria com a secretaria municipal de Agricultura e as comunidades extrativistas.

Paralelamente, estará acontecendo o 2º Seminário sobre o pequi e outros frutos do cerrado. A preservação e multiplicação da produção do pequi, a organização da comercialização e a legalização de preservação de áreas extrativistas, além da lei municipal que proíbe a colheita do fruto verde, serão os temas das palestras.

- Desta vez estamos envolvendo 15 municípios que compõem o território do Alto Rio Pardo. O objetivo é promover ações conjuntas com os extrativistas e extensionistas, no sentido de melhor aproveitamento do potencial do cerrado na região - informa o técnico agropecuário da Emater-MG João Carlos Lucas Gomes.

APROVEITAMENTO

A produção do pequi em Taiobeiras é obtida apenas apanhando-se os frutos caídos no solo, pois a colheita nos pés é proibida por lei municipal, criada com participação da comunidade local, principalmente catadores de pequi e comerciantes. A ação da Emater visa à organização dos agricultores, com ênfase na preservação do cerrado, além de orientações à população sobre o melhor aproveitamento dos frutos.

O técnico agropecuário Anísio Miranda informa que os catadores são estimulados a agregar valor aos frutos, por meio de cursos de capacitação profissional, seminários, excursões e oficinas, em que são mostradas técnicas de organização da comercialização dos frutos e seus derivados. As famílias também recebem orientação para enriquecer a alimentação, com o uso do pequi em várias formas, como a farofa de pequi.

- Para essas comunidades, o pequi tem grande valor econômico - informa a extensionista de Bem-estar social Maria Sirlei Teixeira.

Segundo informações dos técnicos locais, cerca de 300 famílias estão diretamente envolvidas na colheita do pequi e conseguem renda média de R$ 300 por família, durante a safra, de dezembro a março.

A área de cerrado com pequizeiro na comunidade de Lagoa Grande chega a 800 hectares, com uma produção de 1 tonelada por hectare.

- A produção estimada de pequi nesta safra é de 800 toneladas, sendo 70% destinados ao comércio de frutos in natura. O restante é destinado à produção de óleo, licores, polpa, biscoitos e outros derivados - diz João Carlos.

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