Tecelões de Montes Claros firmam bons acordos

Jornal O Norte
10/08/2010 às 12:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:35

Janaína Gonçalves


Repórter

O sindicato dos tecelões de Montes Claros tem reforçado as ações em favor da classe e o esforço já gera resultados positivos. A representante da junta governativa instalada no sindicato dos trabalhadores na indústria têxtil, Maria Eliana Ferreira Santos, já comemora os bons acordos fechados desde o mês de maio.

- Em maio, foi deferida uma verba no valor de R$ 3 milhões, através do PPL - Plano de participação de lucros e resultados da empresa, sendo este divulgado no sistema mediador  do ministério do Trabalho - diz.

Outra conquista, segundo Maria Eliana, é uma ação concluída no mês de julho que beneficia 200 trabalhadores.

- O direito referente à jornada de meia hora de lanche chega a R$150 mil, sendo este valor repassado aos funcionários - afirma. 

Apesar do lema Trabalhador sindicalizado é trabalhador respeitado, e dos benefícios conquistados pela classe, ainda é pequeno o número de adeptos no sindicato; apenas 500 dos 3.000 que existem na cidade.

Empresas como a Coteminas - Companhia de tecidos Norte de Minas reduziram o quadro de funcionários e adotaram férias coletivas. Em dezembro de 2008, a companhia concedeu férias coletivas para 1.350 mil trabalhadores por um período de 30 dias. Eles retornaram na segunda semana de janeiro. De acordo com o sindicato, os trabalhadores de empresas controladas pelo grupo que atuam na estamparia continuam em serviço.

Já a empresa de tecelagem Nova Aliança, de Montes Claros, desde 2007 sofre com a redução de mão-de-obra nos setores de fiação. Em 2009, a situação se agravou devido à crise financeira. Só em 2008, 64 trabalhadores foram demitidos. Neste mês, mais 164 funcionários ficaram desempregados.

De acordo com o consultor financeiro da empresa, Carlos Diniz, as demissões foram inevitáveis, uma vez que o setor têxtil é um dos mais atingidos na região pela crise, já que depende de importação e exportação de mercadorias.

- As vendas caíram desde o ano passado e o preço da mercadoria (fio de algodão cardado) teve uma queda de 35% - finaliza.

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