O presidente Michel Temer (PMDB) tentará passar uma borracha no mais novo escândalo no Palácio do Planalto articulando, ele mesmo, a aprovação da PEC do Teto dos Gastos.
Temer reúne hoje líderes no Senado para fazer com que a proposta passe pela Casa amanhã. Criando uma outra agenda, governamental e não política, o presidente pretende fazer com que os brasileiros esqueçam que ele foi gravado por um ministro tentando ajudar um outro ministro em questões particulares.
Outra possibilidade em discussão no Planalto é o veto à emenda – ainda sem pai e não apresentada – que perdoa políticos de crimes eleitorais. O presidente estuda desagradar aos parlamentares e vetar a medida. Assim, estaria agradando à opinião pública, que não engoliu (ainda bem) a atuação dele no fatídico episódio Geddel.
Se o presidente deseja manter-se no cargo até 2018 é bom mesmo que pense em alternativas para tirar o país da profunda recessão. Aliás, é o que deveria tomar conta de sua agenda. Quando abriu espaço para tratar de interesses pessoais de um ministro, Temer perdeu a credibilidade. Mostrou que a política não mudou em nada com a “Lava Jato”. O peemedebista só não terá o mesmo destino da antecessora porque construiu uma base ampla no Congresso. E fica a pergunta: com conseguiu tal feito? Talvez Geddel, o hábil negociador do presidente saiba responder.
Mercado
Antes do fim do ano o Comitê de Política Monetária do Banco Central terá mais uma reunião para decidir sobre a taxa de juro, a Selic. A expectativa é a de que os últimos acontecimentos na política brasileira e o fator Donald Trump façam com que a redução do juros perca força. A maior aposta é a de que caia apenas 0,25 pontos percentuais.
O governador Fernando Pimentel (PT) firmou com secretários e dirigentes de órgãos da administração um pacto de metas de desempenho. O objetivo, conforme o documento é “contribuir para o atendimento às demandas da sociedade articuladas por meio dos processos de participação popular e para o alcance dos objetivos estratégicos do Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado - PMDI e das metas do Plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG”. A validade é até 31 de dezembro de 2018, ou seja, quando termina o mandato do petista.
Reduto de políticos e juristas, o tradicional restaurante Piantella, em Brasília, reabrirá as portas no próximo mês. A casa havia fechado em 31 de agosto como consequência da crise financeira. O Piantella pertenceu ao renomada advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. “Foi um vazio misturado com frustração”, diz a respeito do fechamento.
O restaurante contará apenas com algumas mudanças. O cardápio, o garçom, o ambiente continuam o mesmo. O novo proprietário será Omar Peres, o Catito. Ele investiu em dois ícones do Rio de Janeiro: o bar Lagoa e o Fiorentina. “Eu fico de sócio afetivo”, comemorou Kakay em mensagem enviada a convidados para a reabertura no dia 5 de dezembro.