Imagine um dia cinzento, com céu carregado, prestes a desabar num verdadeiro temporal. E, agora, pense no cenário contrário: tarde ensolarada, com sol brilhante e até um arco-íris. Qual das duas situações faria melhor ao seu humor? A resposta mais provável é que seja a segunda. A razão é o poder que as cores exercem sobre nós – tanto física quanto emocionalmente.
Presente em nosso cotidiano das mais diversas maneiras – nos alimentos, nas roupas, nos objetos e, claro, na natureza –, as cores são, de fato, terapêuticas. De Cromoterapia denominamos a ferramenta que utiliza as cores do espectro solar – amarelo, azul claro, azul escuro, vermelho, verde, violeta e laranja –, mais o preto e o branco, para restaurar o equilíbrio físico e energético do corpo.
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Incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS desde 2018, é disponibilizada em centenas de cidades brasileiras de graça. Em Minas Gerais, os municípios que ofertam a terapia são Brumadinho, Canaã, Coluna, Conceição do Mato Dentro, Desterro do Melo, Guidoval, Ouro Preto, Pará de Minas, Pedra Azul e Piranguinho, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
No dia a dia, ferramenta pode ser usada com lâmpadas coloridas, objetos decorativos e até nas cores da roupa
Energia colorida
Psicoterapeuta, mestre em reiki, escritora e cromoterapeuta, Ailla Pacheco utiliza os benefícios das nove cores nos atendimentos em consultório. Ela explica que a energia colorida gera e reforça processos terapêuticos e de cura energética, a partir da aplicação de lâmpadas, por meio da alimentação e até de visualizações presentes nos processos meditativos.
“Cada cor possui vibração ou frequência ao longo do espectro magnético de luz e naturalmente cada uma desenvolve um tipo de energia e mudança em nosso campo fisiológico, emocional ou energético”, detalha a profissional.
A história indica que no Egito Antigo a técnica já era empregada pelos sacerdotes, que tratavam os doentes utilizando as cores das flores e de pedras preciosas
“Em países em que o sol tem mais dificuldade de se fazer presente, o índice de suicídio é mais alto”, acrescenta a psicoterapeuta, fazendo referência à importância da luz e das cores para nossa saúde física, mental e espiritual.
Para além dos efeitos práticos que exercem sobre nosso humor, as cores também têm relação direta com nossos chákras – centros de energia distribuídos pelo corpo. Ou seja, estão relacionadas ao funcionamento dos nossos órgãos (leia mais na infografia no fim do texto).
Profissional dedicado ao estudo e à aplicação de terapias integrativas há quase uma década, Marcelo Syring, recentemente, colocou no papel os conhecimentos acumulados com a cromoterapia. Em “O Poder das Cores – um guia prático de cromoterapia para mudar a sua vida”, o escritor aborda os benefícios das cores e as diferentes formas de usufruir deles.
301 sessões de cromoterapia foram realizadas em Minas gerais, pelo SUS, em 2020, conforme a Secretaria de Estado de Saúde
Por conta própria
Quem não quiser procurar um profissional, pode, por exemplo, utilizar luzes coloridas na casa, lançar mão de objetos decorativos, escolher a roupa com base no sentimento ou na sensação que deseja ter em determinado momento ou até mesmo visualizar a tonalidade almejada durante uma meditação.
Mas, atenção, assim como a cor favorece, a errada pode atrapalhar. “Uma pessoa hipertensa ou cardiopata (mesmo que esteja tomando medicamentos adequados para isso) não deve utilizar a cor vermelha, que é muito forte, intensa, e pode predispor ao aumento da pressão arterial”, exemplifica o cromoterapeuta Marcelo Syring.
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