Terra do funk elege bispo; confira outros resultados no país

Rodrigo Gini
rgini@hojeemdia.com.br
Publicado em 31/10/2016 às 08:05.Atualizado em 15/11/2021 às 21:27.

Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, senador e dono de uma visão política de viés conservador, Marcelo Crivella (P[/TEXTO]RB) será o novo prefeito do Rio, terra do funk e que o próprio definiu, em suas primeiras palavras, como a cidade de “uma civilização própria”.

Apesar do crescimento expressivo nos últimos dias, Marcelo Freixo, do PSOL, não conseguiu evitar que o xará, em sua terceira tentativa, finalmente alcançasse a condição de governar a segunda cidade do país. Crivella somou 59,36% dos votos válidos, enquanto o rival ficou com 40,64%.

Na primeira manifestação após a confirmação do resultado oficial, Crivella voltou a dissociar qualquer viés religioso de sua candidatura, fortemente embalada pelo eleitorado evangélico. Agradeceu o apoio de setores da Igreja Católica, dos eleitores das mais variadas crenças e mesmo de agnósticos e ateus. 

“Vencemos um preconceito falso que se criou por alguns setores da imprensa. Quero ser o prefeito de todos os cariocas. O processo eleitoral acabou e agora é hora de cuidar das pessoas e do Rio. Ouvi de um senhor que me abraçou logo quando o resultado foi oficializado que finalmente havia chegado a minha vez. É isso que pretendo passar: o ensinamento de que sempre chega a nossa vez quando a gente não desiste. A esperança dos que sempre lutam e a fé dos que nunca desistem”.

Novidade também em Porto Alegre, que terá pela primeira vez um prefeito do PSDB. Nélson Marchezan Júnior somou 60,50% dos votos, derrotando Sebastião Melo, do PMDB, que ficou com 39,5%. “Estou muito feliz por essa caminhada de um grupo de pessoas que acreditou que poderíamos comandar a cidade. É a vitória de um processo longo, desgastante, e o início de um período de muito trabalho”, destacou.

Apesar de uma declaração desastrada antes do primeiro turno, que quase comprometeu sua candidatura – comentou que o cheiro de um morador de rua quase o fez vomitar –, Rafael Greca, do PMN, volta à Prefeitura de Curitiba, com a promessa de atenção e prioridade à saúde.

EQUILÍBRIO

Disputa acirrada em Florianópolis, com pouco menos de 1.200 votos definindo o resultado a favor de Gean Loureiro, do PMDB, sobre Ângela Amin, do PP. Outro que venceu com pequena margem foi Luciano Rezende, do PPS, reeleito em Vitória com 51,19%. Com o apoio do governador Flávio Dino (PCdoB), Edvaldo Holanda, do PDT, foi reeleito em São Luís.

Em Macapá (AP), a Rede, partido de Marina Silva, elegeu seu primeiro prefeito de capital: Clécio Luiz. Outro partido de esquerda que comandará uma capital é o PCdoB, em Aracaju, com Edvaldo Nogueira, que volta ao cargo.

Situação semelhante à de Íris Resende, do PMDB, em Goiânia. No Recife, reeleição tranquila de Geraldo Júlio (PSB).

Confira resultados:


 

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