(Samuel GE/Divulgação)
Nem todo mundo pode comer de tudo e quem precisa evitar o prazer de degustar algum tipo de alimento sofre de um mal conhecido como intolerância alimentar. O problema afeta quase metade da população brasileira (40%), segundo a médica Mariana Cerqueira, diretora técnica do Laboratório São Marcos. “Ao contrário da alergia alimentar, que ocorre mais rapidamente e desencadeia reações mais graves e agudas, a intolerância é uma reação mais demorada, que pode aparecer com horas, dias e até semanas após o contato com o alimento”, explica.
O problema ocorre quando o organismo é incapaz de metabolizar um alimento, por deficiência ou ausência da enzima necessária para isso. Segundo a médica, há muitas pessoas convivendo com cólicas, gases, diarreias e náuseas sem saber que a causa é a intolerância a algum alimento. Ela ressalta que se o foco do problema é eliminado da dieta, os incômodos desaparecem.
Entre os tipos mais comuns da intolerância alimentar está a hipersensibilidade à lactose, causada por uma baixa de lactase (enzima para o processamento do açúcar do leite). Outro vilão é o glúten, além das substâncias conservantes usadas nos vinhos, os sulfitos; as tiraminas, presentes em queijos e chocolates; e os corantes. Mariana lembra que qualquer alimento consumido em grande quantidade pode desencadear reações desconfortáveis.
Para identificar a causa dos sintomas é preciso fazer alguns testes, realizados no Laboratório São Marcos, como o Food Detective, que analisa 59 alimentos, e o Mediterranean, mais completo, que avalia 109 alimentos. Entre os investigados estão várias espécies de peixes, carnes e frutas, além de leite e ovos, entre outros.