SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo revogou na tarde desta quinta-feira (30) a prisão domiciliar do advogado Sérgio Brasil Gadelha, de 74 anos, acusado de matar a companheira em março do ano passado no apartamento em que o casal morava em Higienópolis, no centro de São Paulo. A decisão da 6ª Câmara de Direito Criminal foi tomada após o Ministério Público recorrer contra a prisão domiciliar do advogado. Com isso, ele deverá ser encaminhado a uma sala de estado maior. Caso não haja esse tipo de acomodação disponível, ele poderá retornar para a prisão domiciliar. De acordo com o estatuto da advocacia, o acusado tem direito a ficar preso numa sala do estado maior e não numa cela - uma sala do estado maior é um quartel ou unidade das Forças Armadas. Não pode haver grades nem regime penitenciário. Gadelha foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Isso porque ele teria asfixiado a mulher e feito vários golpes até a morte. Está marcada para amanhã a última audiência de instrução do caso, que deverá determinar se o advogado irá a júri popular pelo crime. O advogado dele foi procurado, por telefone, mas não foi encontrado para falar sobre o caso. O crime Segundo a polícia, o crime ocorreu no dia 20 de março de 2013. O corpo de Hiromi Sato, 57, foi descoberto apenas dois duas depois do crime, após Gadelha chamar a filha, Juliana, até o seu apartamento. Quando foi encontrado, o corpo de Hiromi tinha hematomas no rosto, pernas, costas, braços, pescoço e no abdômen. Segundo a polícia, Gadelha admitiu à polícia que bateu e estrangulou a companheira. Ele disse, porém, que não tinha a intenção de matá-la. O crime teria sido motivado por ciúme. Hiromi teria reencontrado um ex-namorado há tempos atrás e esse assunto teria provocado o desentendimento entre o casal.