(Editoria de Arte/Hoje em Dia)
As promoções vêm pipocando nos concessionários, enquanto a maioria das montadoras promovem feirões e ações especiais. Mas a maioria dos consumidores segue em dúvida e não sabe se este é, ou não, um bom momento para realizar o sonho do zero-quilômetro. São inúmeras promoções que mantém o desconto da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas o consumidor deve ficar atento.
“Para quem já tinha planejando a compra de um veículo novo, o momento é muito positivo e deve ser aproveitado”, avalia o educador financeiro Reinaldo Domingos. “Já para quem não se planejou, recomendo cuidado, pois a maioria dos consumidores só pensa no valor da compra e das prestações que pagará, mensalmente, esquecendo que isso acarretará outros custos”.
O especialista está se referindo aos custos de manutenção, combustível, ao Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), seguros obrigatório e particular, além da Taxa de Licenciamento. “Multas de infrações de trânsito, estacionamento e até o flanelinha também agregam despesas que, em média, equivalem a 3% do valor do automóvel”, lembra Domingos.
R$ 600 mensais
De acordo com os cálculos do educador financeiro, o custo fixo de um modelo popular usado, com valor estimado em R$ 20 mil, é de aproximadamente R$ 600 mensais – fora as prestações do financiamento.
“Para saber o momento certo de adquirir um veículo é preciso descobrir em que situação financeira o consumidor se encontra”, aconselha. “Quem já está endividado não devem nem pensar em comprar um veículo nesse momento. A prioridade é quitar as dívidas, afinal, um custo a mais em seu orçamento é assinar o certificado de falência”.
Quem está com as finanças em equilíbrio também deve ficar atento. “Pessoas que não possuem dívidas pensam, por impulso, que essa é a hora de ‘investir’ em um zero-quilômetro. Não possuem dinheiro para comprar à vista e se esquecem que, para um financiamento longo, é necessário planejamento”, explica Domingos.
Neste caso, a compra será um passo em falso, que vai tirá-lo do equilíbrio e colocá-lo na situação de endividado.