Três navios oficiais chineses entram nas águas disputadas com o Japão

AFP
19/01/2013 às 09:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:47

TÓQUIO - Três navios do governo chinês entraram neste sábado (19) nas águas territoriais japonesas do arquipélago de Senkaku, um grupo de ilhas reivindicado por Pequim sob o nome de Diaoyu, anunciou a Guarda Costeira japonesa.

Os navios entraram nesta área às 9h00 locais (22H00 no horário de Brasília) e partiram às 13h50 (02h50 no horário de Brasília), segundo as autoridades.

A mais recente investida chinesa desse tipo data de 7 de janeiro. No dia seguinte, o governo japonês convocou o embaixador chinês pela primeira vez após a posse de Shinzo Abe como primeiro-ministro.

Abe iniciou na quarta-feira (16) um giro pelo sudeste asiático (Vietnã, Tailândia, Indonésia), que deverá ser encurtado devido à crise dos reféns na Argélia, com o objetivo declarado de reforçar os laços com essa região contra o poderoso vizinho chinês.

Repercussão

Por sua vez, a secretária de Estado americano, Hillary Clinton, emitiu na sexta-feira (18) uma advertência velada à China sobre seu conflito com Tóquio no Mar da China Oriental: "Nós não queremos ver qualquer ação unilateral que tenha como objetivo minar o governo japonês", declarou, na presença do ministro de exterior japonês, Fumio Kishida.

Hillary também "rejeitou qualquer ação que possa agravar as tensões (...) que prejudicam a paz, a segurança e o crescimento econômico desta região".

China

Pequim envia regularmente navios, e até aviões, aos arredores do arquipélago, desde que Tóquio nacionalizou em setembro do ano passado três das cinco ilhas, comprando de seus proprietários privados japoneses.

O conflito se agravou com esta nacionalização, provocando retaliações, principalmente contra empresas japonesas do setor automotivo.

Manifestações anti-japonesas, por vezes violentas, foram registradas em várias cidades chinesas durante uma semana.

Japão

O governo japonês de Abe, que exclui qualquer negociação sobre a soberania das ilhas, estuda a possibilidade de estabelecer aparatos militares nas proximidades do arquipélago. Pequim anunciou recentemente a intenção de realizar um estudo topográfico da região, dentro do quadro de um programa para cartografar "as ilhas e recifes do território" chinês.

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