Tribunal adia julgamento de jornalistas acusados de apoiar Irmandade Muçulmana no Egito

Folhapress
20/02/2014 às 19:52.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:10

SÃO PAULO - Um tribunal egípcio adiou para 5 de março o julgamento de 20 jornalistas do canal Al Jazeera, do Qatar, incluindo quatro estrangeiros, acusados de divulgar informações falsas e de apoiar a Irmandade Muçulmana.    O tribunal penal do Cairo informou que ouvirá os depoimentos das testemunhas de acusação e examinará as provas na próxima audiência.    Os jornalistas são acusados de manipular imagens e apoiar o grupo islâmico, considerado terrorista pelo novo regime egípcio instalado pelo Exército após a derrubada de Mohammed Mursi em julho passado.    A Promotoria acusa os 16 egípcios de pertencerem a uma "organização terrorista". Os quatro estrangeiros são acusados de proporcionar "dinheiro, equipamentos e informações" para a "divulgação de notícias falsas" sobre uma suposta "guerra civil no país".    Dos 20 acusados, apenas oito estão detidos.    O julgamento despertou críticas das organizações de direitos humanos e de coletivos de jornalistas, que convocaram várias protestos para apoiar os acusados e pedir suas libertações.    "Os jornalistas não devem se arriscar a passar anos em uma prisão egípcia por fazer seu trabalho", afirmou o diretor-adjunto para o Oriente Médio da Human Rights Watch, Joe Stork.    O Comitê para a Proteção dos Jornalistas colocou o Egito entre os dez Estados com mais repórteres detidos e o terceiro país com mais mortes desses profissionais em 2013. 

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