Iniciada há dois dias, a greve dos motoristas e cobradores de ônibus da região metropolitana do Recife foi considerada abusiva pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determinou o retorno ao trabalho na sexta-feira (6). A decisão foi tomada em julgamento do dissídio coletivo na tarde desta quinta-feira (5), quando foi determinado aumento de 7%. A categoria queria 30% e a classe patronal ofereceu 7,5%, sem acordo. Os grevistas terão os dias parados descontados nos salários.
A decisão revoltou os grevistas que saíram pelas ruas em protesto, acompanhados de perto pela Polícia Militar para evitar que se repetisse a cena ocorrida na noite da terça-feira, quando manifestantes abandonaram os ônibus na parte central da cidade, provocando tumulto. Muitos dos veículos tiveram pneus furados.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado, Patrício Magalhães, afirmou que o aumento não era o esperado, mas garantiu que a ordem judicial será cumprida. Grupo de grevistas questionou a liderança sindical e chegou a afirmar que a paralisação iria continuar. Durante a greve, 47% da frota foi mantida em circulação. Com o aumento, o salário dos motoristas passará de R$ 1.395,00 para R$ 1,5 mil e o dos cobradores de R$ 645 para R$ 690.