TÓQUIO - Pelo menos 17 pessoas morreram nesta quarta-feira no Japão devido à passagem do tufão Wipha, que varreu a ilha de Honshu, informou a polícia. Wipha atingiu na madrugada de quarta a costa da grande ilha japonesa, trazendo fortes ventos e chuvas intensas, especialmente para a região de Tóquio.
Cinco casas foram arrastadas por deslizamentos de terra na ilha de Oshima, 120 km ao sul de Tóquio, revelou a TV estatal NHK, acrescentando que as autoridades ignoram o paradeiro de cerca de 30 pessoas.
A polícia "confirmou a morte de sete pessoas", mas não deu detalhes sobre onde e como ocorreram os óbitos. Segundo a NHK, foram encontrados os corpos de duas pessoas em um rio e uma terceira vítima estava sob os escombros de uma casa.
Imagens da NHK revelaram uma grande destruição em Oshima, uma pequena ilha turística de 8.300 habitantes, onde lama, árvores arrancadas e lixo se acumulavam nas ruas.
Às 08H50 (20H50 Brasília), Wipha seguia sem tocar a terra firme e avançava com ventos de 180 km/h ao largo da costa da região de Tóquio em direção nordeste, deslocando-se a 65 km/h, segundo a agência meteorológica japonesa.
Na central nuclear de Fukushima Daiichi chovia forte desde a terça-feira, o que aumentava a preocupação com a água radioativa acumulada devido ao acidente nuclear ocorrido em 2011.
A operadora Tepco adotou certas precauções, como o reforço dos equipamentos e a vigilância nas zonas inundáveis.
O tufão casou transtorno nos transportes, especialmente em Tóquio, e as companhias aéreas cancelaram cerca de 500 voos. Muitos trens - de alta velocidade e convencionais - também não operaram, anunciaram as ferrovias.
As escolas pediram aos alunos que ficassem em casa, do mesmo modo que várias empresas.
Em vários pontos de Tóquio e sua periferia ocorreram cortes no fornecimento de energia e milhares de pessoas receberam ordem para abandonar suas casas na prefeitura de Chiba.