Areia é repleta de lembranças do passado. Com razão. A cidade foi fundada no século 19, depois de ter sido vila e povoado. Parece um presépio de tão perfeita. O nome do município não é uma homenagem ao relevo montanhoso e de terra escura, mas a um riacho margeado por porções de areia clara. O curso d’água era a principal referência para os exploradores do brejo paraibano encontrarem a cidade.
As atrações relacionadas ao Ciclo do Açúcar incluem o óbvio, engenhos, mas passam por lugares inusitados, como o campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O Museu da Rapadura, também conhecido como Museu do Brejo Paraibano, é uma boa pedida para viajar no tempo. Quem visita o local, onde funciona o Centro de Ciências Agrárias, pode ver peças originais de 1870. Entre elas, um alambique de barro, utilizado na produção de cachaça exclusiva para os donos da propriedade. Os visitantes também têm acesso a uma autêntica moenda movida por escravos e a todo o sistema de produção do açúcar mascavo, da cachaça e da rapadura.
Outra atração que vale a pena visitar no centro da cidade é o Teatro Minerva, o primeiro construído na Paraíba. Fica na Rua Epitácio Pessoa. O local foi palco, por vários anos, de apresentações de música clássica, peças de teatro, concertos e até óperas internacionais. No passado, Areia era também um importante centro cultural e de arte da região Nordeste e um dos mais importantes da Paraíba.
O Museu Regional de Areia, na Rua Professor Xavier Júnior, também merece entrar no roteiro. O acervo reúne obras de arte e relíquias dos índios da etnia bruxaxá, nativos da região do brejo. Para quem gosta de história, uma visita à casa de Pedro Américo, que pintou o famoso quadro “O grito do Ipiranga”, é obrigatória. Do outro lado da avenida, próximo da Praça João Pessoa, o espaço funciona como museu e conta com réplicas de obras do artista paraibano que ficou internacionalmente conhecido e preserva parte de sua história, além de alguns de seus objetos pessoais.
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