O agroturismo vem ganhando cada vez mais adeptos entre viajantes que buscam escapar da rotina agitada das grandes cidades. Essa modalidade oferece uma imersão autêntica no cotidiano rural, permitindo aos turistas se reconectarem com a natureza e explorarem atividades ligadas à agricultura, pecuária e artesanato. Mais do que uma vivência única, é uma oportunidade para aprender sobre processos produtivos e desfrutar de produtos locais diretamente da fonte.
Além de proporcionar momentos enriquecedores para os visitantes, esse formato também desempenha um papel educacional significativo. Estudantes de áreas como engenharia agrícola, agronegócio e agrocomputação têm a chance de compreender os desafios e as oportunidades do setor, aplicando na prática o que aprendem na sala de aula.
Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, desponta como um dos principais destinos de agroturismo no Brasil. Reconhecida pela relevância na produção agrícola nacional, a cidade é um exemplo de cultivo de grãos e fibras, como soja, milho e algodão. Essa diversidade produtiva atrai um público interessado em explorar a riqueza e a complexidade do universo agropecuário.
Para Eduardo Machado, gerente-geral do Transamérica Fit Lucas do Rio Verde, o agroturismo é uma alavanca de desenvolvimento para o turismo local. "Os turistas frequentemente procuram hospedagem próxima às fazendas, o que beneficia hotéis, pousadas e outras acomodações. Além disso, essa demanda contribui para manter uma ocupação mais estável, inclusive em períodos de baixa temporada", destaca.
Entretanto, Eduardo ressalta que o crescimento dessa modalidade de turismo também apresenta desafios ao setor hoteleiro. "Esse formato redefine as expectativas dos visitantes, nos desafiando a inovar, adaptar e incorporar novas tendências. Mas enxergamos isso como uma oportunidade de crescimento e diferenciação", conclui.
*Diretor executivo da Assimptur
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