Um caminho sem volta...

28/05/2016 às 21:20.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:38

Olá amigo da cozinha, aberta a temporada de eventos gastronômicos em 2016, fica cada vez mais evidente a preocupação dos artistas e demais atores do segmento, com a sustentabilidade, com a utilização de produtos sazonais, frescos, saudáveis, e principalmente com a valorização de sua origem.

Outro aspecto interessante a se observar, é a valorização das culturas regionalizadas e o retorno às nossas raízes, através de hábitos, ingredientes e receitas simples que são impregnados dos melhores temperos de nossa história.

Mesmo que em algumas versões de chefs e profissionais, ingredientes e modos de preparo tradicionais têm recebido roupagens contemporâneas, o verdadeiro sabor de nossas tradições está cada vez mais evidenciado nas mesas de todos os mineiros. Exemplos não faltam pelo interior e pela capital.

Na última versão do “Festival de Quitandas de Congonhas”, que aconteceu este mês na cidade dos profetas, a melhor receita que saiu dos fornos foi o movimento pela certificação e reconhecimento das quitandas como patrimônio imaterial da cidade. O sucesso do evento mais uma vez comprovou a sua importância para o turismo e o desenvolvimento regional, demonstrado pelo grande volume de visitantes na cidade.
Em Sabará, o tradicional “Festival do Ora-pro-nóbis” completa duas décadas, recheado de sabor e tradição, mantendo vivo este ícone da identidade gastronômica da cidade e dos mineiros. Outros movimentos têm exaltado a cultura local como as artistas do Jabuticaba Gourmet e os novos eventos como o festival “Como Sabará”, que está surgindo com essa premissa de valorização e exaltação da cultura alimentar local.

Igarapé, na mesma toada, realizará mais uma edição de seu evento já consagrado, “Igarapé Bem Temperado”, exaltando o que temos de mais autentico, as cozinhas dos quintais. As mestras locais, vão para a praça com seus quitutes e quitandas, representando cada uma das milhares de cozinheiras anônimas que escrevem em seus fornos e fogões a história das mesas de Minas Gerais.

Muriaé, no Território da Mantiqueira, realizará no fim do mês mais uma edição do “Gastronomia na Serra, no distrito de Pirapanema, apresentando o trabalho de chefs internacionais e regionais, que estarão interagindo com a natureza da serra, ao som de blues e os produtos dos quintais, além das principais referencias da gastronômica local, os peixes, os cafés especiais e o palmito brejaúba. Esta iguaria, começa a receber a atenção do poder público local, dos profissionais e das entidades conservacionistas, para um trabalho de preservação e manejo sustentável.

As cidades de Araxá e Paracatu, estarão realizando seus festivais ainda no primeiro semestre, e a grande preocupação com a utilização de produtos de origem e com as suas identidades gastronômicas regionais, conta com a importante parceria das prefeituras, associações comerciais e do Sebrae-MG, que está à frente destas iniciativas sustentáveis.


O crescimento deste entendimento, do papel da gastronomia na sustentabilidade global, especialmente pelos grandes chefs, está se difundindo pelo interior trazendo uma cozinha mais verdadeira, saudável e mais econômica aos apreciadores dos melhores sabores de Minas Gerais.

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