A estudante de Pedagogia da Uneb (Universidade do Estado da Bahia) Marianna Dias, natural de Feira de Santana (BA), foi eleita presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) durante a Plenária Final do 55º Congresso da entidade, realizada no Ginásio Mineirinho, no domingo (18).
Candidata da chapa “Frente Brasil Popular: A unidade é a bandeira da esperança”, Marianna obteve 3788 votos (79%) e assumirá a presidência da UNE pelos próximos dois anos. Cinco chapas foram inscritas no evento que reuniu 15 mil estudantes de todo país.
O foco principal da nva presidente é focar na luta contra o presidente Michel Temer. Tanto que entre as principais resoluções do congresso foram a decisão de ampliar a campanha pelas Diretas Já e a convocação de uma greve geral no dia 30 de junho.
Durante a plenária final foi aprovado também por unanimidade o reconhecimento do 31º Congresso Nacional da UNE, realizado em 1971, que elegeu o mártir estudantil Honestino Guimarães presidente da entidade. Desta maneira, agora o próximo congresso da UNE será o de número 57.
A presidente
Como diretora da UNE na gestão de Carina Vitral, Marianna esteve responsável por representar os estudantes brasileiros na Frente Brasil Popular, união dos maiores movimentos sociais brasileiros, como o MST e a CUT, de resistência ao golpe contra a presidenta Dilma e aos retrocessos de Michel Temer.
Marianna preocupa-se com o sucateamento da educação e os efeitos da emenda constitucional de congelamento de gastos públicos, que fere gravemente a universidade pública. Alerta para o risco do Congresso Nacional aprovar a cobrança de mensalidades nas públicas e do fim de programas de inclusão como o ProUni e o FIES nas particulares onde encontra-se a maioria da população pobre do país.
Será a presidenta dos 80 anos da UNE, completados no próximo 11 de agosto. Porém, já avisa que não quer festa pomposa nem solenidade. “No dia do nosso aniversário estaremos é na rua”, avisa.
A nova presidenta, a terceira mulher na sequência da organização, foi eleita pelo maior congresso da história do movimento estudantil, contando com a adesão de novas forças à UNE, como o movimento Mais (formado por ex-membros do PSTU) e a juventude do PSDB.