
Carros exóticos sempre foram caros, mas quando chegam no Brasil se tornam caríssimos. Uma das razões é o pesado imposto de importação e demais tributos. Mas também há o impacto da flutuação cambial. Mesmo com o dólar abaixo dos R$ 5, o preço de qualquer produto importado dispara quando chega por aqui.
Um exemplo é o Aston Martin Valour. O cupê criado para marcar os 110 anos da marca britânica terá apenas 110 unidades produzidas. Mas pode ser encomendado por brasileiros. O entrave é o preço.
Lá fora, ele custa algo perto de R$ 6 milhões. Mas quando aplica todos os penduricalhos tributários e cambiais, o carro chega aqui por R$ 19,5 milhões iniciais.
E pode ficar mais caro. Isso porque o Valour (que nome mais apropriado) pode ser totalmente personalizado. Segundo a marca são 500 trilhões de combinações. Cor da costura, combinações materiais dos bancos, tipos de rodas, pinturas, acessórios e por aí vai.
Mas esse Aston Martin tem argumentos para fazer o abonado comprador gastar essa dinheirama. O Valour tem estilo retrô e remete ao V8, de 1969. O corte fastback da traseira, assim como o conjunto ótico deixam claro a inspiração.
Sob o capô, o modelo guarda um V12 biturbo 5.2. Esse bloco entrega absurdos 715 cv e 75 kgfm de torque. O purismo do Valour é amplificado com a caixa manual de seis marchas e tração traseira.
Para conter a ira desse cupê, foram aplicados discos de freio de 41 cm (frente) e 36 cm (traseira). Eles ficam atrás das rodas aro 21, calçadas com pneus Michelin Pilot Sport S 5, aprimorado para a Aston Martin.
Ele ainda conta com diferencial com deslizamento limitado e três modos de condução. Ou seja, não bastar ter R$ 20 milhões no banco é preciso ter muita perícia para dominar esse automóvel que coleciona adjetivos superlativos.