Até 1980, a Audi era um fabricante alemão que buscava rivalizar com Mercedes-Benz e BMW no segmento premium. Mas faltava lastro para a marca, que é uma remanescente da Auto Union, que fez história nos anos 1930 com os poderosos Type C e Type D de corridas.
Mas foi com a chegada do Audi Quattro e sua trajetória alucinante nas competições de rali que a marca despontou de vez. No entanto, com o fim do temido Grupo B da FIA, o Quattro S1 tinha se tornado um gladiador sem arena.
A Audi então vislumbrou uma oportunidade de ganhar popularidade nos Estados Unidos. Ela desenvolveu uma versão do sedã 200, com estrutura tubular, para correr na categoria Trans-Am. O carro dominou a temporada a ponto de os norte-americanos ficarem furiosos com a tração Quattro e proibirem seu uso no ano seguinte.
A Audi então resolveu se inscrever na série IMSA-GTO, que permitia o uso da tração integral. Ela adotou o modelo 90 Quattro, que também utilizava chassi tubular e peso total de apenas 1.200 kg.
Sob a carenagem ele trazia o fabuloso motor 5 cilindros turbo 2.2 de assustadores 720 cv. Para reduzir a restrição e não perder potência, a Audi instalou um imenso escapamento atrás do para-lamas dianteiro direito.
A transmissão era de seis marchas e a tração era distribuída nas quatro rodas pelo sistema Quattro. O carro ganhou bitolas bem largas, o que fazia dele uma Kart gigante, capaz de atingir máxima de 310 km/h.
Para conduzir o monstro alemão, foram chamados os pilotos Hurley Haywood, Hans-Joachim Stuck , Walter Röhrl e Scott Goodyear. Röhrl era um velho conhecido da Audi, correu com o Audi Quattro no Grupo 5, do WRC, e venceu a corrida de montanhas de Pikes Peak.
O Audi 90 Quattro só não venceu a temporada de 1989 porque a equipe não disputou as duas primeiras corridas, pois nas demais ela apavorou os carros do Tio Sam, mais uma vez.