A Chevrolet promoveu um workshop para falar sobre seus planos de eletrificação. A marca norte-americana (por hora) não quer saber de híbridos que usam etanol. Para ela, ou elétrico ou nada. E uma das estrelas do evento foi o Bolt EUV.

Trata-se do SUV do Bolt EV. Lembra do Honda WR-V, aquele aventureiro do Fit? Pois é, o Bolt EUV é tipo isso, só que eletrificado. Mercadologicamente, ele tem muito mais apelo comercial que o Bolt convencional, uma vez que o visual SUV é mais atrativo. Mas há um porém: o modelo sairá de linha nos Estados Unidos no final do ano.

A General Motors venderá o Bolt EUV em apenas um lote de 200 unidades. É uma espécie de desova do modelo, mas que serve de reforço no discurso da marca que busca seu lugar no mundo dos elétricos. 

Segundo executivos, o modelo chega para que o consumidor possa fazer seu primeiro contato com um SUV elétrico e posteriormente migrar para um Equinox EV. Poderia ser algo corriqueiro se estivéssemos falando de um tipo de detergente, que a gente experimenta e troca por outro mais concentrado, mas não para um automóvel de R$ 280 mil.

Curiosamente, o Bolt EUV é mais barato que o Bolt EV, que retornou no segundo semestre do ano passado ao preço de R$ 330 mil. Ou seja, já chega com preço de liquidação.

Motor e bateria

O Bolt EUV é equipado com o mesmo conjunto mecânico da versão EV. Ele utiliza um motor de 149 kWh, que equivale a cerca de 203 cv e torque na faixa dos 36 kgfm. Apesar de ser um SUV, a tração é apenas dianteira e a transmissão de marcha única. 

As baterias, no entanto, são mais robustas, com 66 kW de capacidade, contra 50 kW do Bold (monovolume). A marca declara autonomia acima dos 450 km, no ciclo WLTP (europeu). Já no ciclo do Inmetro, a autonomia prevista é de 377 km.

Assim, passamos a bola para o caro leitor: vale a pena comprar um carro elétrico que chega fora de linha? Para a GM é um baita negócio, e para você?

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