O Campeonato Mundial de Rali (WRC) se tornou um caminho eficaz para fabricantes japoneses ganharem visibilidade no mercado europeu. Na década de 1990, Toyota, Subaru e Mitsubishi construíram uma hegemonia na categoria que resultou num tsunami, com oito títulos de pilotos e sete de construtores. Destes, o único título do escocês Colin McRae e tricampeonato de construtores de 1995 a 1997 estão na conta do Subaru Impreza.

Lançado em 1992, o Impreza parece ter sido desenvolvido para a categoria. Compacto, com opção de tração integral e um polivalente motor boxer (cilindros opostos) turbo 2.0, recalibrado para 300 cv na versão de competição. 

O carro era o substituto ideal para o Legacy (que apesar de sua valentia não rendeu bons frutos à parceria entre a Subaru e a britânica Prodrive) e entrou na competição logo em 1993, pouco depois do lançamento comercial.

O carro preparado para o WRC tinha carroceria cupê, que foi utilizada até 2000, quando a marca substituiu a geração e extinguiu a versão duas portas. O carro ficou famoso pela pintura azul com detalhes amarelos (cores da marca de cigarros que patrocinava o time), além das eternizadas rodas douradas, que até hoje adornam as versões WRX STi do Impreza.

O escocês voador
Naquele ano a Toyota estava com a bola toda com seu o Celica GT-Four, que havia faturado os títulos de pilotos nos anos de 1990 e 1992 com o espanhol Carlos Sainz, e ainda faturaria as temporadas de 1993 e 1994, além de um bicampeonato entre os construtores.

Nessa época, Ford e Mitsubishi também reforçaram equipes, mas Subaru mostrou bom desempenho, principalmente com McRae e Sainz, este que deixará a Toyota. O escocês conquistou a primeira vitória em 1993, no Rali da Nova Zelândia, e teve boa participação na temporada, fechando em quinto lugar. 

No ano seguinte, o time conquistou duas vitórias com o escocês, novamente na Nova Zelândia, e também no Rali da Grã-Bretanha (RAC Rally), fechando o ano em quarto. Carlos Sainz também venceu o Rali da Grécia com o Subaru naquele ano e chegou entre os três primeiros em outros cinco estágios, terminando o ano em segundo lugar. 

Em 1995, o carro estava afinadíssimo e McRae ainda mais, com cinco pódios, sendo duas vitórias, dois segundos lugares e um terceiro, o que lhe rendeu o título de pilotos. Carlos Sainz também fez um ótimo ano com três vitórias e terminou a temporada em segundo lugar, com 85 pontos, cinco a menos que o colega de equipe.

O desempenho avassalador de McRae e Sainz na temporada de 1995 garantiu à Subaru o primeiro título de construtora. O Impreza ainda daria à Subaru os títulos de construtores em 1996 e 1997, além dos títulos de pilotos com o britânico Richard Burns em 2001 e o Norueguês Peter Sorberg em 2003. 

Porém, daí em diante o mundo pertenceria à Citroën e Sébastien Loeb. Mas essa é outra história!

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