
Se por aqui são as águas de março que fecham o verão, na Europa são os conversíveis que marcam o fim do inverno. A Ferrari acaba de apresentar a Roma Spider, versão aberta de seu modelo de entrada.
A Ferrari Roma chegou ao mercado em 2020. É um modelo projetado para ampliar a participação da marca de Maranello no mercado de luxo. Nos Estados Unidos, principal mercado da marca, a Roma parte de US$ 222 mil. Ela é mais barata que a Portofino (US$ 250 mil) e F8 Tributo (US$ 272 mil).
Além disso, é uma forma de brigar com esportivos alemães como Porsche 911 Turbo S, Audi R8 V10 Plus e Mercedes-AMG GT S, que também oferecem muita potência e performance, mas com valores mais modestos.
E depois de três anos, com direito a uma pandemia global, a Ferrari apresenta a Roma Spider. A versão conversível do gran turismo italiano é tradicionalista, combina uma silhueta esguia e um charmoso teto em tecido. Bem diferente de suas irmãs mais caras que utilizam teto rígido escamoteável.
Como um GT que se preze, a Roma Spider é um 2+2. Ou seja, tem dois diminutos bancos traseiros, que não foram feitos para levar passageiros, mas bagagens de primeira necessidade.
Basicamente os encostos fazem parte do acabamento interno, para não ficar um vazio atrás dos assentos principais. O capô longo e a traseira curta completam a lista de exigências de um legítimo gran turismo.
O grande barato é que ela é aberta. Na Europa, os conversíveis geralmente surgem na chegada da primavera. Depois de um rigoroso inverno, dirigir com clima ameno sentindo o vento no rosto é um argumento de vendas irrefutável.
Herança
A Roma chegou com uma sucessora legítima da clássica 365 GTB/4 “Daytona”, que fez sucesso nos anos 1960. Tanto que a parte frontal da Roma, remete ao estilo do conjunto ótico de sua ancestral.
No caso da Spider, o DNA vem da 365 GTS/4, ou seja, a versão aberta. Um carro para viajar de casal durante o verão do Velho Mundo pelo litoral mediterrâneo. É como uma cena hetero top de um filme de James Bond, mas com uma Ferrari no lugar de um Aston Martin.
Motor da Roma Spider
A Ferrari Roma Spider utiliza o mesmo conjunto da versão fechada. Ela conta com o potente V8 biturbo 3.9 de Maranello. São 620 cv e 76 kgfm de torque. Tudo despejado nas rodas traseiras, como deve ser num GT.
A transmissão é a conhecida caixa de dupla embreagem 8-Speed F1 DCT de oito marchas. Uma transmissão brutal com trocas precisas e imediatas. Tudo isso garante a Roma Spider uma aceleração de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. A velocidade máxima é de 320 km/h.
Interior
Por dentro a Roma Spider oferece alto padrão de refinamento. Diferentemente das versões espartanas, para uso em pista, essa Ferrari quer fazer com que um cliente endinheirado deixe de comprar um Mercedes-AMG GT Roadster e gaste mais numa Roma.
Para isso o acabamento é primoroso, e o pacote de mimos é farto, com direito a quadro de instrumentos digital, comandos na central multimídia vertical, sistema de áudio High End (para quando o ronco do V8 ficar cansativo) e tudo mais.
Claro que os apetrechos característicos de uma Ferrari moderna foram mantidos. No volante, o destaque fica por conta do famoso Manettino, uma chave que ajusta o controle de tração. O volante também agrega chaves de seta e comandos dos faróis. Nada de alavancas que exigem que o motorista solte o volante por alguns segundos.
Se o amigo se candidatar ao papel do novo James Bond, melhor escolher a Roma Spider quando for impressionar sua Bond Girl. Fica a dica!