Escorpião de Betim

Fiat Pulse Abarth combina motor turbo de 185 cv, suspensão recalibrada e pacote de conteúdos farto

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 13/05/2023 às 12:43.

(Marcelo Jabulas)

Carros esportivos sempre fizeram sucesso. Mas geralmente são caros, têm tiragem pequena e nem sempre são bons negócios para os fabricantes. Geralmente, a solução é apelar para o “esportivado”, aquele carrinho cheio de penduricalhos visuais, mas que não traz nenhuma melhora em performance. 

No entanto, às vezes dá para elaborar um carro bem apimentado sem precisar desenvolver um projeto caríssimo. Foi o que a Fiat fez com o Pulse Abarth. A marca italiana desenvolveu uma versão anabolizada do SUV compacto utilizando ingredientes que já tinha na dispensa.

Instalou o motor 1.3 turbo que já equipava Toro e Fastback, assim como os primos Renegade, Compass e Commander, da Jeep. Assim, não foi necessário desenvolver um propulsor apenas para um carro. E combinou o motor com a conhecida transmissão automática Aisin de seis marchas. Caixa que também é utilizada nos parentes. 

Visualmente, ela instalou o para-choque do Fastback. Por dentro, aplicou o que já era oferecido na versão Impetus do próprio Pulse.

O que realmente a Fiat precisou desenvolver sob medida foi a suspensão e escapamento. O primeiro utiliza conjunto McPherson (frente) e eixo de torção (atrás). Mas o carro recebeu molas e amortecedores exclusivos, para garantir muito “chão” para o Abarth.

(Marcelo Jabulas)

Ou seja, a Fiat fez exatamente o que a Renault fez em 2015, quando lançou o Sandero R.S. Um esportivo nato com peças que já tinha na prateleira.

Mas isso é ruim? Claro que não. Tanto o Sandero quanto o Pulse são esportivos legítimos. O comportamento do italiano é impressionante: encara curvas como se fosse um 500 Abarth. O carro não espalha, mesmo com altura livre elevada (que eleva o centro de gravidade). 

É um carrinho que ganha velocidade instantaneamente, graças à oferta generosa de torque. São 27,5 kgfm totalmente disponíveis a 1.750 rpm. 

Os 185 cv deste motor 1.3 também permitem que o carrinho acelere de forma furiosa. Segundo a Fiat, ele cumpre o famoso 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos. A velocidade máxima declarada é de 215 km/h.

Obviamente, não tivemos como comprovar. Mas numa saída de sinal, todo mundo fica para trás muito rápido, sem que seja preciso ultrapassar o limite da via.

Poison

Além da suspensão, outro barato do Pulse Abarth é a tecla Poison. Trata-se de um botão no aro direito do volante. O mesmo que é utilizado em todos os modelos com esse motor. Mas nessa versão do Pulse, se chama Poison (veneno, em inglês). 

O Poison ajusta o gerenciamento do motor e transmissão. O ponto morto é elevado, para que a faixa máxima de torque já esteja presente sem a necessidade de pisar no acelerador. As trocas são mais rápidas e o ronco do escapamento é amplificado. Em movimento, quando se “injeta o veneno” a reação é imediata e basta pisar para o carro responder em fração de segundos.

Conteúdos

O Pulse Abarth é muito bem equipado. Conta com quadro de instrumentos digital e multimídia de 10 polegadas (com conexão sem fio para smartphones, câmera de ré, navegação e sistema de conectividade). O esportivo ainda oferece partida sem chave, partida remota (fora do carro), ar-condicionado digital, carregamento por indução, freio de estacionamento elétrico, Auto Hold, assistente de partida em rampa, retrovisores e vidros elétricos, bancos em couro, monitoramento da pressão dos pneus, rodas de 17 polegadas e faróis neblina.

Já o pacote de segurança inclui alerta de colisão, monitor ativo de permanência em faixa, frenagem automática emergencial, quatro airbags e acendimento automático dos faróis. Ou seja, farto para um compacto nervoso de R$ 150 mil.

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