Enquanto a matriz da General Motors não quer saber de carro híbrido, por aqui a banda tocará diferente. A GM anunciou investimentos de R$ 7 bilhões para seu novo ciclo de investimentos que vai até 2028 e gastará boa parte dessa grana com motorização híbrida.
O anúncio foi feito pelo presidente da GM para América do Sul, Santiago Chamorro, em um encontro que teve a participação do presidente Lula e marcou o início das comemorações do centenário da gigante de Detroit no Brasil.
A decisão da GMB vai contra o que apregoa os caciques do grupo nos Estados Unidos. Por lá, a GM quer apostar em modelos 100% elétricos. Mas os executivos latinos sabem muito bem que por aqui a transição do motor a combustão para o elétrico será mais lenta.
No ano passado, a GMB ainda entoava o coro da matriz, mas no pé do ouvido executivos já sinalizavam que não daria para enfiar goela abaixo um Chevrolet 100% elétrico nacional. Mas para não dar o braço a torcer, Chamorro fez um "morde e assopra".
“A solução não será uma só tecnologia. O elétrico é melhor do que o híbrido que, por sua vez, tem mais benefícios do que o motor a combustão somente”, comentou o executivo.
Mas parte dessa dinheirama também será aplicada em lançamentos de momento, ainda com motores exclusivamente a combustão, como a nova Spin, que será apresentada no BBB 24, assim como a S10 reestilizada.
Entre as apostas, estão novos SUVs, um de porte médio e outro menor que o Tracker, que concorrerá com Jeep Compass e Fiat Pulse, na ordem. Segundo o portal mineiro Autos Segredos, o "mini" Tracker será produzido em Gravataí (RS).