Teste

Guiamos o Jeep Renegade Sport, a versão de entrada que acelera como a topo de linha

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 20/09/2022 às 07:56.
 (Marcelo Jabulas)

(Marcelo Jabulas)

O Jeep Renegade chegou em 2015 para abrir os caminhos da marca, que até então figurava num segmento de nicho, com Grand Cherokee e Wrangler –modelos extremamente caros, vindos de fora e incapazes de fazer volume.

O Renegade fez seu dever de casa e se tornou um grande sucesso de mercado. Em 2021, mesmo com pandemia e crise dos semicondutores, o modelo fechou o ano com 73 mil unidades licenciadas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Bonitinho e com carinha nervosa, o SUV caiu no gosto de quem buscava um 4x4 e também de quem só queria ter um jipinho na garagem. No entanto, nunca faltaram queixas sobre o motor 1.8 Etorq de 139 cv, da Fiat.

Essa unidade equipava o Renega<CW-35>de até o fim do ano passado, e saiu de linha por não se adequar às atuais normas de emissões do Proconve PL7. No lugar dele chegou o 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm de torque.

E como não existe almoço grátis, a adição do novo motor elevou os preços do Renegade substancialmente, partindo de R$ 124 mil, na época de lançamento, em janeiro. 

Hoje, não custa menos que R$ 133 mil, na versão Sport, que acabamos de conferir. Não é um carro barato, mas está longe de ser o mais caro. 

Para chegar a esse preço menos assustador, a versão abriu mão de conteúdos, mas ainda assim oferece um pacote interessante, sem deixar de fora nada que seja essencial no uso cotidiano.


Raio-x Jeep Renegade Sport 1.3

O que é?

Utilitário-esportivo (SUV) compacto de cinco lugares.

Onde é feito?
Produzido na unidade de Goiana (PE).

Quanto custa?
Base: R$ 132.890 

Com quem concorre?
O Renegade Sport concorre numa faixa intermediária do segmento de SUVs compactos e briga com modelos como Caoa Chery Tiggo 5x Pro, Citroën C4 Cactus, Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, Honda HR-V, Fiat Fastback, Peugeot 2008 e Volkswagen T-Cross.

No dia a dia?
Depois de testar a versão Trailhawk fomos ao extremo oposto da linha com o Sport. No entanto, a versão de entrada não deixa nada a desejar para quem irá fazer uso desse carro na cidade e também para pegar estrada. Em toda a linha o motor é o mesmo, o que muda é a transmissão e o sistema de tração. Mas no dia a dia não faz falta alguma as marchas a mais e a tração nas quatro rodas que a versão topo de linha oferece.

As medidas e capacidades são as mesmas. O Renegade é um jipinho que leva quatro adultos com muito conforto. Para uma família com dois filhos que ainda usam cadeirinhas, o modelo resolve bem. O porta-malas de 320 litros está longe de ser uma referência, mas resolve na hora do supermercado e naquele passeio de fim de semana.

Por ser a versão de entrada, o Sport tem pacote mais enxuto, mas nem por isso miserável. Ele deixa de contar com mimos como partida sem chave, bancos em couro, climatização digital e quadro de instrumentos digital para “cortar gordura”. 

No entanto, oferece direção elétrica, multimídia Uconnect de sete polegadas (com Android Auto, Apple CarPlay e câmera de ré), duas portas USB no console e uma terceira para a segunda fileira de bancos, vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores com ajuste elétrico, freio de estacionamento eletrônico e Start/Stop.

Ele oferece pacote de assistências de condução com alerta de colisão, frenagem emergencial autônoma e monitor de permanência em faixa de rodagem. O pacote é complementado por luzes diurnas em LED e rodas de liga leve aro 17. Se o cliente quiser levar bancos em couro e rodas aro 18, é preciso adicionar pacote opcional na faixa de R$ 5 mil.

Motor e transmissão
A cereja do bolo do Renegade é seu motor turbo 1.3 de 185 cv e 27,5 kgfm de torque, que o coloca, ao lado primo Fastback, como os mais potentes do segmento. A unidade é combinada com transmissão automática de seis marchas. 

O conjunto entrega comportamento exemplar, com trocas rápidas. Na estrada, ganha velocidade muito rápido. Mas faltaram as borboletas para trocas manuais e para ajudar a poupar as pastilhas de freio, na hora de segurar o carro.

Como bebe?
Abastecido com álcool, o modelo registrou consumo urbano na casa de 7,8 km/l e rodoviário de 13,5 km/l.

Suspensão e freios
A versão utiliza suspensão independente nas quatro rodas, que é padrão no Renegade. O jipinho ignora lombadas e buracos. Para facilitar as frenagens, o SUV conta com freios a disco nas quatro rodas, além de controle de partida em rampa (Hill Holder), freio de estacionamento eletrônico e controles de estabilidade (ESC) e tração.

Palavra final
É a opção mais acessível para quem sonha como o jipinho norte-americano. Ele abre mão de muitos conteúdos para chegar num valor menos estratosférico. No entanto, mantém sua personalidade forte, bom pacote de conteúdos e segurança e o mesmo motor da versão mais cara. 

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