
A indústria do automóvel tem explorado um filão bastante lucrativo: o dos carros de série limitada. Marcas como a Bugatti descobriram que poderiam vender cada exemplar como um carro único.
Fabricantes premium passaram a apostar em séries especiais e caríssimas de modelos em linha. E até mesmo selos generalistas lançam edições colecionáveis de carros mundanos como o VW Gol Last Edition e a Fiat Strada Edizione 25. E quando a marca tem uma história de glória nas pistas?
A Lotus trouxe a resposta. A fabricante britânica trouxe à vida o Type 66, carro de corridas projetado em 1970 e que serviu de base para o desenvolvimento do Type 72, pilotado por Emerson Fittipaldi.
O Type 66 foi desenhado por Geoff Ferris, que era o chefe de design da Team Lotus de Fórmula 1. Chapman pediu a ele para projetar um monoposto para provas de longa duração, que poderia competir na Série Can-Am, disputada nos Estados Unidos e Canadá.
O britânico queria explorar esse filão, seguindo o mesmo caminho que a McLaren tinha tomado em 1968 com o M8A. Mas o carro de Chapman não foi finalizado. E agora, meio século depois, a marca quer vender o Type 66.
Serão apenas 10 unidades do carro que respeitará as características do projeto original. A carroceria pontiaguda, com aerofólio integrado à carenagem. A pintura vermelha e branca, com detalhes em dourado, segue o padrão dos Lotus da época.
Por dentro, instrumentação analógica e transmissão manual. Um santo-antônio protege o cockpit. E atrás dele oito cornetas do V8 big block 8.3, que foi usado pelo McLaren M8F. Esse monstro despeja 830 cv e 75 kgfm de torque nas rodas traseiras.
Ou seja, uma máquina visceral projetada há meio século e que demandará 10 clientes extremamente habilidosos e endinheirados. Pois cada uma das 10 unidades custará nada menos que 1 milhão de libras, algo em torno de R$ 6,3 milhões.