O Mobi não teve a estreia retumbante que a Fiat esperava quando o apresentou em abril. Fatores como o agravamento da crise econômica e bafafás políticos impactaram no poder de compra do perfil de consumidor que fita os olhos em populares de entrada como o caçula de Betim.
Isso fez com que as vendas girassem na casa das 3.500 unidades nos primeiros seis meses de mercado, de acordo com o boletim da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) – abaixo da média de 4.500 unidades do Volkswagen Up!
Mas, mesmo num cenário ruim, o Mobi pecava pela falta de um elemento crucial para quem quer concorrer no segmento de entrada: um motor eficiente capaz de convencer o consumidor a apostar nele, ao invés de no rival alemão. A solução acaba de chegar, com a unidade Firefly três cilindros 1.0 6v de 77 cv, que já equipa o Uno.
Para equipar o Mobi com o motorzinho moderno, que promete consumo de motocicleta, o consumidor precisa optar pela versão Drive, que parte de R$ 38.870 e foi desenvolvida justamente para abrigar o novo propulsor. Sendo assim, o valor na etiqueta equivale a um acréscimo de R$ 7.490 em relação à versão básica do Mobi, a Easy, que parte dos R$ 32.380.
No entanto, a Drive oferece mais refinamento e comodidade ao comprador, uma vez que agrega itens como direção com assistência elétrica e ar-condicionado, que não consta nem como opcional da versão de entrada.
A versão também inaugura (finalmente) o dispositivo Live On, uma espécie de dock para acoplar o smartphone como se ele fosse a central multimídia do carro. O equipamento, no entanto, vem junto de uma cesta que inclui faróis de neblina, sensor de ré, alarme e rodas de liga leve, aro 14, que eleva o preço em 4.650. Se o consumidor optar pelo rádio convencional como MP3 e Bluetooth, pacote opcional cai para R$ 4.500.
Coluna do meio
O leitor pode até se perguntar “por que o motor não está disponível desde a versão mais simples?” A resposta é, preço. A nova unidade é mais sofisticada e cara que o velho 1.0 8v, que já está na praça há uma eternidade. Daí, sua inclusão no Mobi Easy forçaria um reajuste no valor sugerido, que poderia ficar acima dos R$ 35.190 do Up.
A mesma lógica também se aplica às versões mais refinadas do popular: Like On e Way On, que parte dos R$ 42.930 mil e também teriam seus preços iniciais mais caros, o que afetaria sua competitividade. Daí a versão intermediária surge como uma forma de lançar o motor sem afetar o restante da gama.
Consumo
E por falar em motor, o Firefly é visto como a cereja do bolo do Mobi, devido ao seu baixo consumo, que foi declaro de 13,7 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada, de acordo com aferição do Inmetro para o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), com uso de gasolina, contra 12,7 km/l e 14,7 km/l, na ordem, do motor Fire 1.0 8v. Com álcool as médias foram 9,6 km/l (urbano) e 11,3 km/l (rodoviário), contra 8,4 km/l e 10,1 km/l, respectivamente.