O casamento entre Renault e Nissan vai de mal a pior. Desde a prisão do ex-CEO, Carlos Ghosn, que a relação entre franceses e japoneses vem se desgastando. E ao que parece, o divórcio é certeiro.
A marca francesa tem reduzido gradualmente sua participação nos papéis da Nissan. A própria japonesa arrematou cerca de 5% do capital de volta.
E como se diz no jargão popular: a fila andou. Agora, Nissan e Honda estudam uma união. Segundo o jornal japonês Nikkei, a intenção é formar um grupo japonês forte (uma vez que a Mitsubishi virá a reboque) para concorrer com fabricantes de carros eletrificados chineses.
E nesse sentido, os japoneses ainda patinam, enquanto seus vizinhos continentais já decolaram há bastante tempo. O novo casamento ainda prevê desenvolvimento conjunto em tecnologias nas áreas de inteligência artificial.
Por hora, nenhuma das duas marcas emitiram declarações sobre a parceria e nem como seriam os termos. Mas fato é que a criação do grupo fará sombra no jardim da Toyota, que é já detém participação em outras marcas como a Daihatsu e Hino, assim como papéis da Suzuki, além de ser o maior grupo automotivo do planeta, com mais de 11,2 milhões de veículos vendidos em 2023.
Prole de Nissan e Renault
Nissan e Renault tiveram início em 1999. A união permitiu o compartilhamento de frutos, inclusive a fábrica de São José dos Pinhais (PR), que produziu simultaneamente modelos das duas marcas.
O casamento também permitiu o compartilhamento de componentes, como por exemplo motores e transmissões. Lá fora, modelos Renault passaram a ser vendidos como Mitsubishi. É o caso do Clio que se transformou em Colt (antigo hatch japonês), assim como Captur que também assumiu a identidade do SUV ASX.
Será que o Sentra se transformará em Civic. Ou então, o Triton poderá ganhar um clone com emblema da Honda. Tudo pode acontecer.