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Novo C3 desce do salto para se posicionar como popular bem mais qualificado que Mobi e Kwid

Marcelo Jabulas
Publicado em 15/04/2023 às 08:58.Atualizado em 17/04/2023 às 17:01.
 (Marcelo Jabulas)
(Marcelo Jabulas)

O Citroën C3 está em sua terceira geração há sete anos. Mas no Brasil estreou apenas em 2022. E curiosamente bem diferente do modelo Europeu. E há uma razão para tal. O C3 francês é um supermini qualificado, que bem que poderia ser oferecido por aqui. 

No entanto, com a fusão da FCA com a PSA criou-se a Stellantis, um supergrupo com mais de 10 marcas. E nessa babel sobre rodas não há espaço para modelos similares numa mesma praça. Assim, o C3 precisou se adequar para não concorrer com seus primos do mesmo segmento.

A vaga aberta era a deixada pelo Uno. Assim, na estrutura de compactos da Stellantis se posicionaram Fiat Mobi, Citroën C3, Fiat Argo e Peugeot 208. O C3 foi desenvolvido em conjunto com os times de engenharia brasieiro, francês e indiano. É um legítimo compacto dos Bric (bloco de países emergentes em que figuram Brasil, Rússia, Índia e China).

Mas o que dizer do C3?

O C3 se tornou um carro simples, com acabamento espartano e utiliza a mecânica dos "familiares". Testamos a versão Feel 1.0, opção intermediária equipada com motor Fiat Firefly 1.0 de 75 cv e 10,7 kgfm de torque. 

Por dentro, nada de assistentes de condução ou recursos sofisticados. Ele recebeu quadro de instrumentos digital um pequena telinha quadrada que agrega velocímetro, indicador de marcha e computador de bordo. Ao lado ficam as luzes do painel.

Mas apesar de simples, o modelo oferece direção elétrica, ar-condicionado, multimídia de 10 polegadas (com Android Auto e Apple CarPlay). Ele ainda oferece vidros elétricos nas quatro portas e ajuste elétrico dos retrovisores. Ficaram faltando sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré.

No campo da segurança, o compacto joga com o regulamento debaixo do braço, apenas com o que é obrigatório por lei. Ou seja, duplo airbag frontal, freios ABS, controles de estabilidade e tração. 

O carrinho tem estilo peculiar, é um compacto de 3,98 m e 2,54 m de distância entre-eixos, mas oferece bom espaço interno graças à posição vertical dos ocupantes. Os bancos são elevados, num conceito que a Volkswagen adotou em 2003 com o Fox. Seu porta-malas comporta 315 litros de volume. Assim o C3 se revela mais espaçoso e confortável que modelos baixo custo (se é que podemos chamar assim) como Fiat Mobi e Renault Kwid.

Ao volante

O C3 Feel 1.0 é um carrinho interessante, o motor Fiat garante bom comportamento para o francês e boa eficiência, comportamento tão impressionante como o que tivemos como 208 Style, que também utiliza o mesmo motor. Seu consumo, segundo o Inmetro, chega a 13,2 km/l na cidade, com gasolina e 9,5 km/l com etanol. 

E mesmo com apenas 10,7 kgfm de torque, toda força desse motor está disponível a 3.250 rpm. Assim, não é preciso esticar demais as marchas. E por falar em esticar marchas, não há conta-giros nesse francesinho.

Palavra final

Para o consumidor que ainda pode espremer suas economias e comprar um 0 Km, de até R$ 80 mil, vale a pena apostar no C3 no lugar de um Mobi ou Kwid. Não há o que discutir.

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