Novo rebelde

Toyota revela conceito do novo C-HR, que ela recusa vender por aqui

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 09/12/2022 às 09:48.
Toyota C-HR irá se renovar e dificilmente virá para o Brasil, onde a marca prefere manter uma postura mais careta e nada rebelde (Divulgação)

Toyota C-HR irá se renovar e dificilmente virá para o Brasil, onde a marca prefere manter uma postura mais careta e nada rebelde (Divulgação)

A Toyota tem uma estratégia de negócios no Brasil que, muitas vezes, chega a ser ilógica. Isso porque desde que a BMW apresentou o X6, lá em 2007, a indústria percebeu que o SUV cupê seria o novo capítulo da novela dos utilitários.

A Toyota viu o potencial e apresentou em 2014 o conceito C-HR, um concorrente direto para o Honda HR-V. Até o nome era parecido. A japonesa chegou a trazer o conceito para o Salão do Automóvel de 2016 e acendeu uma fagulha sobre a vinda do SUV para cá.

Ela nem deu bola e esperou até o ano passado para lançar o Corolla Cross, que não tem uma gota do charme do irmão cupê. Agora a Toyota apresenta um novo estudo que antecipa a segunda geração do japonês, que chegará com motorização híbrida, mas sem dados divulgados.

Os faróis em ferradura invadem capô e para-choque, assim com as lanternas em “L” escorrem da carroceria até a base do para-brisas. Câmera no lugar dos retrovisores e grandes difusores no para-choque traseiro foram colocados lá para acentuar a “rebeldia” do projeto

Mais uma vez o C-HR conceitual chama atenção pelas linhas ousadas. O SUV tem pegada futurista, com carroceria em três cores, destacando o aerofólio.

Os faróis em ferradura invadem capô e para-choque, assim com as lanternas em “L” escorrem da carroceria até a base do para-brisas. Câmera no lugar dos retrovisores e grandes difusores no para-choque traseiro foram colocados lá para acentuar a “rebeldia” do projeto, como a própria marca define.

Tudo isso será removido na versão final, assim como a adição de portas para a segunda fileira. Mas mesmo assim, o SUV terá uma pegada jovial, coisa que falta ao portfólio nacional da Toyota. 

Esse apelo emocional do C-HR é para conquistar o consumidor jovem europeu. Por lá, jipinhos divertidos como Nissan Juke, Fiat 500X, VW T-Roc e Audi Q2 fazem sucesso entre a rapaziada que está começando a vida.

Mas há uma razão para não ser aplicado aqui. O C-HR chegaria muito caro, acima dos R$ 150 mil. E o consumidor padrão da marca é mais velho e tem perfil conservador. Por esse ponto, dá para entender muito bem a estratégia da marca.

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