A Volkswagen revelou as primeiras imagens da nova Amarok. A picape média chegará em breve de cara nova, mas as mudanças se concentraram apenas na parte frontal. O modelo passou por um processo de botox e ganhou faróis, grade e para-choque iguais aos da Saveiro.
A manobra da Volks não era novidade e já tinha sido contestada pela imprensa que cobre o setor automotivo. Isso porque Ford e VW têm uma parceria e até mesmo uma nova geração da Amarok já está em produção na África do Sul, feita sobre o projeto da atual geração da Ranger. O problema é que o custo dessa troca de identidade não sai barato.
Assim, a filial latina preferiu não investir essa grana em uma nova geração da Amarok, mesmo que as duas marcas sejam separadas apenas por uma cerca em General Pacheco, na região metropolitana de Buenos Aires. Mas há uma razão para a Volks não querer botar a mão no bolso.
A Amarok é a picape média com pior desempenho do mercado brasileiro. De janeiro a junho, a montadora alemã licenciou apenas 2.397 unidades. A Toyota, líder do segmento, emplacou 10 vezes mais.
Daí a VW já percebeu que gastar uma fortuna com uma Amarok novíssima seria salgar carne podre. E a solução mais barata (para ela) foi reestilizar a parte frontal e dar sobrevida até que os ventos soprem a favor de uma renovação completa.
Por hora, a VW divulgou apenas um teaser com detalhes da picape. Nenhum conteúdo foi listado e nem mesmo as versões. Mas deu para notar que no interior, a principal mudança foi a adoção do multimídia VW Play, desenvolvido no Brasil.
Sob o capô, a Amarok deverá manter o motor V6 turbodiesel 3.0 de 258 cv e 59,1 kgfm de torque, combinado com caixa de marchas de oito velocidades e tração 4x4. Agora é aguardar o lançamento oficial e descobrir quanto o botox vai custar ao bolso do consumidor.