Venda futura de petróleo do pré-sal será feita em leilões na bolsa de valores B3

Agência Brasil
Publicado em 09/03/2018 às 16:51.Atualizado em 03/11/2021 às 01:47.

A produção futura de petróleo do pré-sal da União vai ser comercializada por meio de leilão em bolsa de valores, em São Paulo. A empresa Pré-Sal Petróleo, vinculada ao Ministério de Minas e Energia e responsável pela comercialização da produção do pré-sal da União, proveniente da Área de Desenvolvimento de Mero (Contrato de Partilha de Libra) e dos Campos de Lula e Sapinhoá, está contratando a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), bolsa de valores oficial do Brasil, com essa finalidade. A B3 vai dar a estrutura necessária aos leilões de contratos de compra e venda de óleo dessas três áreas. A aprovação do processo para contratação da B3 foi publicada hoje (9) no Diário Oficial da União.

O presidente da Pré-Sal Petróleo, Ibsen Flores, disse à Agência Brasil que a perspectiva é realizar o primeiro leilão até o final do primeiro semestre, para que a produção do segundo semestre já esteja vendida através dessa operação. “A ideia é que a gente faça o mais rápido possível, de preferência neste primeiro semestre”, disse. O pregão será aberto ao público.

Os leilões darão sequência ao trabalho de venda de petróleo do pré-sal feita pela Pré-Sal Petróleo, esclareceu Ibsen Flores. Na segunda-feira (5), a empresa efetuou a primeira venda de 500 mil barris de petróleo do pré-sal da Área de Desenvolvimento de Mero, no Contrato de Partilha de Produção de Libra, para a Petrobras, em valor estimado de R$ 100 milhões, ao preço de referência de janeiro.

A Pré-Sal Petróleo está iniciando ainda processo de venda de mais 500 mil barris ainda no primeiro semestre deste ano. A exemplo do que ocorreu na primeira operação para a Petrobras, a venda será feita pelo sistema de licitação, conhecido no mercado como venda spot, em que são convidadas a participar as empresas que operam no Brasil e que tenham a logística adequada. Elas oferecem preço e quem der o melhor, compra, explicou Flores.

Previsibilidade

Ibsen Flores afirmou que a União só tem a ganhar com a sequência da comercialização via leilões: “a receita fica com mais previsibilidade”. A base das negociações será o preço de referência, como preconiza a legislação.

Na próxima semana, terá início o planejamento do primeiro leilão. As empresas interessadas poderão adquirir contratos de compra e venda do petróleo por um ano em leilão realizado pela B3.

Segundo informou a assessoria de imprensa da Pré-Sal Petróleo, em uma única sessão pública serão leiloados três contratos que poderão ser adquiridos por um único comprador ou por empresas diferentes. O vencedor vai adquirir toda a produção do respectivo campo durante um ano, remunerando a União a cada retirada de carga, de acordo com a proposta de preços ofertada no leilão, baseada no Preço de Referência do Petróleo (PRP). Poderão participar do leilão empresas que tenham capacidade logística para efetuar os carregamentos.

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