CARACAS - O governo da Venezuela expulsou o americano Timothy Hallet Tracy, detido após os distúrbios iniciados nas eleições presidenciais de abril acusado de espionagem, embora ele afirmasse ser um documentarista, informou nesta quarta-feira o ministério do Interior e Justiça.
"O gringo Timothy Hallet Tracy, capturado fazendo espionagem em nosso país, foi expulso do território nacional", informou em sua conta oficial do Twitter o ministro do Interior e Justiça venezuelano, Miguel Rodríguez.
Tracy, nascido em 1978, foi detido no dia 24 de abril quando se preparava para deixar a Venezuela. O governo o acusou de espionagem e de ser financiado por organizações estrangeiras com o objetivo de "gerar ações violentas nas ruas".
Após a eleição presidencial de 14 de abril, na qual o atual presidente, Nicolás Maduro, venceu o opositor Henrique Capriles por uma diferença de apenas 1,49% dos votos, ocorreram vários protestos nas ruas para denunciar uma suposta fraude.
Os advogados de Tracy afirmaram em sua defesa que estava na Venezuela realizando um trabalho como documentarista, o que foi desconsiderado pelas autoridades venezuelanas.
O presidente americano, Barack Obama, classificou em maio de "ridícula" a detenção de Halley, em declarações a uma rede de televisão.