O governo terá à disposição R$ 155 bilhões de verbas de anos anteriores para serem executadas em 2018. Divulgado hoje (25) pelo Tesouro Nacional, o montante de restos a pagar corresponde a 7% do Orçamento Geral da União deste ano.
A quantia representa um aumento de R$ 6,8 bilhões (4,6%) em relação aos restos a pagar de 2017, que tinham somado R$ 148,2 bilhões. No entanto, de acordo com o Tesouro, a participação das verbas de anos anteriores no Orçamento do ano corrente representa o terceiro menor percentual desde 2008, superior apenas aos restos a pagar de 2008 (6,6%) e de 2017 (6,8%).
Segundo o Tesouro, o aumento este ano decorre basicamente do crescimento de 11,7% de novas inscrições pelos ministérios. Restos a pagar são despesas empenhadas (autorizadas) até 31 de dezembro de um ano, mas pagas nos anos seguintes. Quando a despesa passou para a fase da liquidação (o serviço foi executado ou a compra foi feita, só faltando o pagamento), o resto a pagar é considerado processado.
Do total de R$ 155 bilhões de restos a pagar deste ano, informou o Tesouro, R$ 128 bilhões não ainda foram processados e R$ 27 bilhões foram processados. Os anos em que o volume de restos a pagar atingiu níveis recordes foram de 2013 para 2014 (R$ 229 bilhões) e de 2014 para 2015 (R$ 228 bilhões). O montante caiu para R$ 186 bilhões de 2015 para 2016 e para R$ 148,2 bilhões de 2016 para 2017.
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