SÃO PAULO – A história de Breno Silveira com a música popular brasileira começou com um grande “mico”. Convidado por Zezé Di Camargo & Luciano para dirigir o filme autobiográfico “2 Filhos de Francisco” (2005), ele confessou conhecer apenas uma música do repertório da dupla sertaneja e arriscou cantar. Nem bem passou da primeira frase (“Não aprendi a dizer adeus...”) quando foi avisado que ela pertencia a outra dupla, Leandro & Leonardo.   O engano não impediu que ele assinasse um dos grandes sucessos do cinema brasileiro, iniciando aquilo que viraria a ser uma de suas marcas registradas: o mergulho no cancioneiro popular do país. Depois de apostar em Roberto Carlos para a trilha sonora de “À Beira do Caminho”, lançado neste ano, Silveira agora investe na história de outro rei, o do baião, Luiz Gonzaga, em mais uma trama emocionante envolvendo a relação de pais e filhos, com estreia nesta sexta-feira (26).
 
 
“Se eu tivesse que começar a vida de novo, provavelmente seria músico. Sempre tive uma ligação grande com essa arte, desde muito cedo, quando o meu pai me deu um violão. Só escutava MPB, mas nunca tive muito preconceito. Acredito que a raiz de cada uma delas tem coisas boas”, observa Silveira durante a coletiva de “Gonzaga – De Pai pra Filho” num shopping de São Paulo, acompanhado do elenco formado por Julio Andrade, Sílvia Buarque, Chambinho do Acordeon e Land Vieira.
  O desafio não foi menor. Não porque desconhecesse a obra de Gonzagão, e sim pela simples razão de que, em se tratando do mestre sanfoneiro, “tudo é muito maior do que se imagina”. Silveira define o cantor de “Asa Branca” e “Juazeiro” como um personagem infinito, em que cinco longas-metragens não dariam conta de sua riqueza. “Quanto mais perto a gente chega dele, mais entendemos que Gonzaga é maior que qualquer filme sobre ele”, afirma.  


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