Vídeo on-line mostra captura de liderança da Al-Qaeda na Líbia

Mathieu Rabechault - AFP
Publicado em 10/02/2014 às 21:38.Atualizado em 20/11/2021 às 15:56.
WASHINGTON - A versão digital do jornal The Washington Post disponibilizou on-line o vídeo de uma câmera de vigilância mostrando o que seria a captura de Abu Anas al-Libi, um dos líderes da rede Al-Qaeda, em Trípoli, em outubro de 2013, por forças especiais dos Estados Unidos.
 
Nessas imagens em preto e branco, datadas de 5 de outubro de 2013, vê-se um carro escuro que estaciona na frente de uma casa. São 6h38 da manhã, no horário local, e ainda é noite. Um furgão branco para imediatamente à sua esquerda, e três homens saem desse veículo, armados com pistolas. Outro carro se posiciona na frente do automóvel escuro para impedir sua fuga.
 
Os três homens prendem o motorista do veículo escuro e obrigam-no a entrar no furgão. Um dos indivíduos toma o volante desse mesmo veículo, e os três carros se afastam rapidamente. A cena dura apenas um minuto.
 
Segundo o "Post", a pessoa sequestrada é Nazih Abdel Hamed al-Raghie, de 49, conhecido como "Abu Anas al-Libi". O líbio era procurado há mais de 13 anos pelos Estados Unidos, que o acusam de envolvimento nos atentados de 1998 contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia. Sua captura foi anunciada imediatamente pelo Pentágono.
 
A detenção resultou de uma operação conjunta da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), da Polícia Federal americana (FBI) e de uma equipe da Delta Force, uma unidade de forças especiais do Exército americano, acrescentou o jornal.
 
Al-Libi figurava na lista de pessoas mais procuradas pelo FBI, que oferecia "até US$ 5 milhões" por qualquer informação que levasse à sua detenção e condenação.
 
Depois do sequestro em pleno centro da capital líbia, Al-Libi foi conduzido para o navio militar americano "USS San Antonio" e, depois, transferido para os Estados Unidos. Ele espera pelo julgamento em Nova York.
 
Um atentado com carro-bomba em 7 de agosto de 1998, na frente da embaixada americana em Nairóbi, deixou 213 mortos e cerca de cinco mil feridos.
 
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