A explosão de um carro-bomba e disparos em vários pontos do Iraque deixaram 14 pessoas mortas nesta terça-feira. O ataque mais violento ocorreu quando homens armados invadiram a casa de um membro de uma milícia sunita, que faz oposição à Al-Qaeda, e matou a mulher e os três filhos do miliciano num subúrbio da capital, informaram a polícia e funcionários de um hospital.
A milícia, conhecida como Sahwa, ajudou as tropas norte-americanas a combater a Al-Qaeda no ápice da guerra, mas desde então tem sido alvo de insurgentes, que os consideram traidores. O líder do Sahwa, Wisam al-Hardan, conseguiu escapar sem ferimentos de uma tentativa de assassinato na segunda-feira, mas seis de seus guarda-costas e uma pessoa que passava pelo local morreram após o ataque de dois suicidas.
Também nesta terça-feira, um carro-bomba explodiu nas proximidades de um restaurante na cidade de Jbala, ao sul da capital, matando duas pessoas e ferindo outras sete.
Homens armados mataram a tiros duas pessoas no bairro de Dora, sul da Bagdá, e quatro corpos com ferimentos à bala nas costas foram encontrados em diferentes locais da capital, informaram autoridades.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques desta terça-feira, mas eles apresentam características da Al-Qaeda no Iraque e outros grupos sunitas insurgentes.
Na cidade de Basra, sul do país, homens armados mataram o clérigo sunita Abdul-Karim Mustafa quando ele andava nas proximidades da mesquita al-Taqwa.
A violência no Iraque se intensificou desde abril, atingindo níveis que não eram vistos desde 2008. Mais de 4 mil pessoas foram mortas somente nos últimos cinco meses, dentre elas mais de 800 em agosto, segundo dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Fonte: Associated Press.