(Caio Mattos/Honda)
A Honda tem uma dívida de gratidão sem tamanho como o utilitário-esportivo (SUV) CR-V. O modelo foi responsável por inserir a marca no mercado de jipinhos há exatos 21 anos. Antes dele existiu apenas o Passport (que utilizava a base do Isuzu Rodeo e era restrito ao mercado norte-americano, tendo sido vendido entre 1993 e 2002).
Para comemorar a maioridade, a quinta geração do CR-V chega apinhada de presentes que colocam o modelo como um utilitário de nível superior. Partindo do conjunto mecânico que conta com motor 1.5 turbo (o mesmo do Civic). A unidade foi recalibrada para 190 cv e 24,5 mkgf de torque.
São valores que garantem excelente comportamento ao modelo que tem crescido a cada geração. São 30 cm a mais no comprimento que a geração passada, num total de 4,59 metros e 2,66 metros de entre-eixos.
Completam o conjunto mecânico a caixa do tipo CVT e o sistema de tração integral, que transfere até 40 % do torque para as rodas traseiras e o habilita a aventuras onde o asfalto acaba.
Conteúdos
Por dentro, o CR-V oferece um pacote farto com quadro de instrumentos digital, Head-Up Display (que projeta informações no para-brisas), bancos revestidos em couro, com ajustes elétricos, ar-condicionado de duas zonas e sistema de redução de ruído, que emite uma frequência de som invertida como nos fones de ouvido mais sofisticados.
Ao volante
É notável a evolução do CR-V quando se está ao volante. A começar pela oferta de torque total a partir dos 2 mil rpm que dão agilidade ao modelo. Apesar de grandalhão, o modelo conta com vetorização de torque, que distribui a força entre as rodas e garante a estabilidade até mesmo em curvas mais fechadas e em velocidades menos comportadas.
A redução de ruído contribui bastante para o conforto acústico do utilitário, que não deixa a desejar para os modelos alemães. Mas tudo tem um preço. E o dele é R$ 190 mil.