VW T-Cross dá as caras, mas só chega nas lojas em maio
(Marcelo Ramos)
SÃO PAULO (SP) – A Volks-wagen revelou o utilitário-esportivo T-Cross no Salão do Automóvel de São Paulo, numa apresentação simultânea com eventos na Europa e Ásia. O jipinho derivado do Polo é a aposta da VW para finalmente entrar no segmento de utilitários compactos. Global, ele chega para ocupar a base da gama de utilitários que reúne T-Roc, Tiguan, Atlas e Touareg. Por aqui, fará companhia apenas ao Tiguan e irá disputar terreno com Renegade, HR-V, Kicks, Creta e similares.
O T-Cross é um utilitário sofisticado, que contará com motores turbo 1.0 e 1.4, ambos combinados com caixa automática de seis marchas. Oferecerá recursos como sensores de manobra dianteiros e traseiros, sensor de fadiga, teto solar panorâmico, quadro de instrumentos digital, dentre outros conteúdos que o colocam num patamar de superioridade diante dos principais concorrentes. Claro que estamos nos referindo à configuração mais sofisticada, com preços proibitivos para boa parte dos consumidores.
Quanto vale o show?
Na apresentação a VW não adiantou valores. Ainda mais que a chegada às revendas só deverá acontecer por volta de maio. Na melhor das hipóteses, em abril. Uma das razões para postergar o lançamento comercial seria o câmbio. Nesse caso não se trata de transmissão, mas da cotação do dólar, vez que o jipinho conta com muitos componentes.
Mesmo assim, as bancas de apostas dos colegas de imprensa cotam valores entre R$ 85 mil e R$ 110 mil. Pessoalmente, acredito em algo entre R$ 95 mil e R$ 120 mil. E a justificativa está no preço da concorrência. O HR-V, que lidera entre os compactos, foi remarcado para R$ 93 mil iniciais. Já o Renegade começa em R$ 78,5 mil, na versão manual, mas a opção Longitude 1.8, que agrega conteúdos similares, não sai por menos de R$ 96 mil.
No entanto, a marca tem pressa e sabe que está ficando de fora da onda dos utilitários. Os executivos não se acanham em afirmar que enquanto o mercado cresceu 8% em 2018, o segmento de SUV’s subiu 32%. E, segundo eles, a tendência é que num futuro próximo 30% de todos os carros vendidos sejam utilitários.
Para quem tem esperado um jipinho miúdo desde 2012, quando foi revelado o conceito Taigun que acabou encruando, aguardar até maio não é nenhuma eternidade.