(Fernando Frazão / Agência Brasil)
O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse nesta quinta-feira (29) que confia no ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fisher. O magistrado assinou a ordem que levou à prisão preventiva do atual governador do estado Luiz Fernando Pezão (MDB).
"Nao conheço o processo, mas conheço o ministro Felix Fisher. É um magistrado de elevado conhecimento jurídico. Se decretou a prisão, ele o fez porque havia fundamentos suficientes para o seu convencimento. Eu acredito no trabalho da Justiça e da Polícia Federal e tenho certeza que a verdade tem que ser perseguida a todo custo. Atos criminosos têm que ser punidos", afirmou.
Witzel deu a declaração após a solenidade diplomação do Curso de Aperfeiçoamento de oficiais, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). O evento na Vila Militar, no Rio de Janeiro, contou com a presença do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Pezão foi preso na manhã desta quinta-feira (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo fluminense. Ele foi alvo da Operação Boca de Lobo. A prisão foi decretada por Felix Fisher, que acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo Witzel, não haverá prejuízos para o processo de transição. Ele disse que o vice-governador, Francisco Dornelles (PTB), já o convidou para uma conversa. Na ausência de Pezão, Dornelles assumiu o governo. "Vamos afinar com ele as próximas apresentações que serão feitas", acrescentou Witzel.
Ele disse ainda que a Controladoria Geral do Estado (CGE) deverá auditar contratos que foram firmados pelo estado nos últimos anos. "A CGE ficará sobre a responsabilidade do delegado da Polícia Federal, Bernardo Barbosa, e certamente nós faremos auditoria nos contratos. Mas sem paralisar o governo".
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