Cruzeiro segura o empate, elimina a Chape na Copa do Brasil em jogo que termina em baderna

Guilherme Guimarães
Hoje em Dia - Belo Horizonte
01/06/2017 às 23:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 16:54
 (Marcio Cunha/Lightpress)

(Marcio Cunha/Lightpress)

O Cruzeiro fez o que podia, se fechou na defesa, se lançou ao ataque de forma cautelosa – até em menor intensidade como deveria -, mas jogou “conforme a música”. Dessa forma e aproveitando as garantias que o regulamento lhe dava, a Raposa empatou em 0 a 0 com a Chapecoense, na noite desta quinta-feira, na Arena Condá, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, e eliminou o time catarinense da competição. 

Em sua 21ª participação na Copa do Brasil, será a 11ª vez do Cruzeiro nas quartas do mata-mata. Mais do que a classificação, o time celeste se tornou um “grande intruso” na próxima etapa do torneio ao deixar a Chapecoense pelo caminho. Se os catarinenes passasem de fase, apenas equipes presentes na Libertadores 2017 formariam o bloco dois oito melhores do país no mata-mata. 

Cruzeiro e Chapecoense voltam a se enfrentar no próximo domingo, dessa vez em Belo Horizonte, mas em duelo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. A partida promete boas emoções, já que, além de uma revanche buscada pela Chape, coloca frente a frente o líder do Nacional, a Chape, e o terceiro colocado, a Raposa. 

E essa partida terá novos contornos. Uma confusão generalizada após o apito final de Péricles Bassols tomou conta do gramado e seguiu nos bastidores, nas proximidades dos vestiários das equipes. 

O jogo

O Cruzeiro entrou em campo com o regulamento debaixo do braço, já que havia vencido o jogo de ida por 1 a 0, no Mineirão. Bastava ao time celeste um empate para avançar às quartas de final. E no primeiro tempo, foi por pouco que a equipe estrelada não viu sua vantagem “escorrer pelo ralo”.

O volume de jogo da Chapecoense se tornou mais intenso após ós 15 minutos iniciais. Contrariando a normalidade, foi o Cruzeiro, time visitante, que tomou a iniciativa, mas o mandante superou-se e teve as melhores chances de abrir o placar. 

Não fosse o goleiro Fábio, certamente a Chape teria tirado o zero do marcador. Aos 42 minutos, Nadson, ex-Caldense, chutou forte e o goleiro da Raposa impediu que a bola “acordasse a coruja”. 

O grande vilão da Chapecoense foi o atacante Arthur. Somente ele perdeu três chances claríssimas de gol. Pelo lado celeste o volante Hudson foi quem teve a melhor oportunidade de mexer no marcador, mas faltou o cacoete de atacante ao meio-campista. E o 0 a 0 ilustrou o placar nos primeiros 45 minutos.

Na etapa complementar a tônica inicial foi a mesma do fim do primeiro tempo, a Chapecoense adiantou sua marcação, ocupava melhor os espaços criando dificuldades para o time de Mano Menezes. Com o passar do relógio o Cruzeiro até esboçou uma melhora, mas a equipe celeste testou mesmo foi a saúde cardíaca de seu torcedor.

Aos 15 minutos, Nadson ficou cara a cara com Fábio e perdeu ótima chance. Dessa vez foi o volante Hudson o responsável por salvar a Raposa. No rebote o lateral Reinaldo acertou um chutaço, que, não fosse o travessão, o arqueiro cruzeirense seria vazado. Mas o 0 a 0 ainda seguia ilustrando o placar.

Cinco minutos depois a Raposa deu o troco e assustou Jandrei. A zaga catarinense saiu jogando errado e bola sobrou dentro da área para Ábila. O argentino não esperava tal vacilo do adversário, mas mesmo assim fez o domínio, girou e chutou. Por muito pouco não aconteceu o gol cruzeirense. 

O Cruzeiro segurou uma enorme pressão da Chape no segundo tempo e viu o time de Chapecó ir ao ataque como “se não houvesse amanhã”. E, realmente, sem marcar gols, a equipe de Vagner Mancini, pelo menos na Copa do Brasil, não viu um novo dia. 

Com o resultado o Cruzeiro se classificou e segue em busca do seu quinto título da Copa do Brasil.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE 0 X 0 CRUZEIRO

Motivo: Jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil

Local: Arena Condá, e Chapecó (SC)

Arbitragem: Pericles Bassols P. Cortês, auxiliado por Clovis A. da Silva e Cleberson do N. Leite.

Cartão Amarelo: Henrique, Lucas Romero, Ariel Cabral, Diogo Barbosa, Fábio (CRU); Rossi, Nenén (CHA)

Cartão vermelho: Victor Ramos (CHA)

CHAPECOENSE - Jandrei; Apodi, Victor Ramos, Luiz Otávio e Reinaldo; Andrei Girotto, Luiz Antônio (Niltinho), Nadson (Nenén) e Rossi; Wellington Paulista (Tulio de Melo) e Arthur. Técnico: Vagner Mancini.

CRUZEIRO - Fábio; Lucas Romero (Rafinha), Leo, Kunty Caicedo e Diogo Barbosa; Ariel Cabral, Henrique e Hudson; Thiago Neves (Lucas Silva), Alisson e Ramón Ábila (Raniel). Técnico: Mano Menezes

  

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por