Tragédia em Mariana

Aulas começam no novo Bento Rodrigues quase oito anos após rompimento de barragem

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
01/08/2023 às 21:28.
Atualizado em 01/08/2023 às 21:37
 (Fundação Renova / Divulgação)

(Fundação Renova / Divulgação)

Quase oito anos após a tragédia com barragem da Vale que matou 19 pessoas e devastou Mariana, na região Central de Minas, alunos começaram a estudar no Novo Bento Rodrigues.

As atividades escolares tiveram início nessa segunda-feira (31) e receberam, inicialmente, cerca de 130 alunos de 4 a 14 anos da educação infantil e do ensino fundamental. Anteriormente, os alunos precisavam ir ao centro de Mariana para estudar.

Segundo informações da Fundação Renova, o espaço funciona em horário integral, de segunda a sexta, e nos sábados letivos. A escola conta com 11 salas, laboratório de ciências, sala de informática e biblioteca.

Até janeiro de 2024, será de responsabilidade da fundação fornecer serviço de saúde e segurança, disponibilizar transporte a funcionários e alunos, além de fornecer materiais para o funcionamento do novo espaço.

Atraso nas entregas

Em abril deste ano, as primeiras famílias começaram a receber as chaves para se mudarem para as novas casas reconstruídas em Novo Bento Rodrigues.

A demora na entrega das obras é um dos assuntos relacionados com a reparação que levaram o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a recorrer às esferas judiciais: está sendo cobrada da Samarco uma multa de R$ 1 milhão por dia, contado a partir de 27 de fevereiro de 2021, último prazo fixado pela Justiça para a entrega do reassentamento. 

O rompimento da barragem ocorreu em novembro de 2015, deixando 19 mortos e causando impacto a dezenas de cidades mineiras e capixabas na Bacia do Rio Doce. Em Mariana, dois distritos foram arrasados: Bento Rodrigues e Paracatu.

Um acordo para reparação dos danos foi firmado em março de 2016 pelo governo federal, pelos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, pela Samarco e por suas acionistas Vale e BHP Billiton. A partir dele, foi criada a Fundação Renova, responsável por gerir as medidas previstas, entre elas a reconstrução e o reassentamento das comunidades. 

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